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Paris 2024

Gabi e Thaísa dizem que bronze é pouco, mas vão lutar pelo pódio

Thaísa e Gabi dizem que seleção merecia o ouro, mas vão lutar para ficar com o terceiro lugar do pódio

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(Alexandre Loureiro/COB)

Paris – Foi doída a derrota do Brasil para os Estados Unidos na semifinal do torneio de vôlei feminino dos Jogos de Paris. A tristeza era visível, estampada no rosto das atletas assim que elas iam deixando a quadra da Arena Sud, casa da modalidade na Olimpíada. Não poderia ser diferente, foi um 3 a 2 que não apenas brecou uma campanha perfeita até então como também impediu que o Brasil voltasse para o palco da final olímpica. Resta a disputa da medalha de bronze, mas, pelo menos nos primeiros instantes após a partida, o sentimento é de que o terceiro lugar não é o suficiente.

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“Pra mim é, pra mim é muito pouco. Não é esse meu objetivo, nunca foi, não foi pra isso que eu vim”, cravou, sem meias palavras, a meio de rede Thaísa, uma das principais jogadoras da equipe. Thaísa jogou duas finais olímpicas, em 2008 e 2012, e venceu ambas. Sonhava em ser o primeiro atleta brasileiro tricampeão olímpico. “É muito difícil, acho que é o momento mais ingrato na vida de um atleta quando acontece isso. Construímos uma história muito linda. Nada foi dado de presente”.

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(Alexandre Loureiro/COB)

A ponteira Gabi, capitã do time, concorda. “Sem dúvida. Acho que por tudo que construímos, por tudo que a gente fez até aqui, é pouco. Tivemos, sim, oportunidade para fazer uma história diferente”, disse, acrescentando que é um sentimento geral da equipe. “A grande frustração é essa, porque a gente merecia, não só disputar essa final, nós realmente merecíamos esse ouro. Por isso que essa frustração é tão grande”.

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Pouco, mas importante

Apesar da frustração, tanto Thaísa quanto Gabi entendem que, se é o que resta para o Brasil no torneio de vôlei feminino dos Jogos de Paris, vão pra luta. “Vou dar o meu melhor para estar no pódio. Querendo ou não, é uma medalha olímpica, é um pódio olímpico”, disse Thaísa. “Agora é tentar, sofrer, sofrer, chorar, dói, viver o luto e depois, com a cabeça no lugar, trabalhar, entender o que a gente tem que fazer. Esperar, saber quem que a gente vai jogar contra pra buscar essa medalha”.

Gabi vai na mesma linha. “Esse grupo merece muito uma final, mas já que não aconteceu, merece muito estar no pódio, porque tudo que a gente construiu até aqui foi muito bonito. Tá doendo pra caramba, mas agora é fazer esse trabalho muito forte pra conseguir voltar e dar a volta por cima”, falou. “Vamos, mais do que nunca, jogar com muita, muita, muita raiva, muita vontade, porque o Brasil merece.”

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(Alexandre Loureiro/COB)

Fantasma da Liga das Nações

O roteio é meio macabro, mas está aí. Na Liga das Nações deste ano, encerrada pouco antes dos Jogos de Paris, a seleção brasileira de vôlei feminino estava invicta até a semifinal. Aí, pegou o Japão, perdeu por 3 a 2 e foi para a disputa do bronze. Lá, nova derrota, também em cinco sets, para a Polônia, Agora, na Olimpíada, o Brasil vinha de uma campanha perfeita, quatro jogos vencidos, todos em três sets. Caiu para os Estados Unidos na semifinal por 3 a 2. Vem nova decisão do bronze.

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“Não acredito que seja um fantasma, mas eu acho que dessa vez teremos tempo para mentalmente se reerguer. Não é uma desculpa, na VNL tínhamos menos de 24 horas pela disputa do bronze. Faltou um pouco do físico também, jogamos um 3 a 2 super desgastante. Agora não temos essa desculpa. Temos dois dias para descansar, se preparar, estudar e ir com força total. Realmente duvido que alguém vai conseguir dormir, mas temos dois dias pra se recuperar e vir com tudo pra medalha de bronze.”

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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