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Paris 2024

Isaquias Queiroz se queixa de preparação para prova em dupla

Multimedalhista olímpico ficou na oitava posição no C2 500m, em parceria com Jacky Godmann

Isaquias Queiroz
Isaquias Queiroz na Olimpíada de Paris. Foto: Wander Roberto/COB

Paris – Após fechar a final A do C2 500m na oitava e última posição, Isaquias Queiroz se queixou da preparação para a prova em que rema com o parceiro Jacky Godmann. Para o dono de quatro medalhas olímpicas, é preciso fazer uma reflexão para o ciclo de Los Angeles-2028.

“Acho que para próximo ciclo olímpico, a gente tem que decidir se vai remar barco de equipe, se vai remar barco individual. Principalmente o barco de equipe é muito prejudicado. Eu tenho que remar só duas vezes na semana. Eu e o Erlon (Silva) conseguimos ser campeões mundiais assim. Mas para a medalha olímpica é mais difícil ser campeão desse jeito”, analisou após a final disputada na manhã desta quinta-feira (8).

Por outro lado, Isaquias não quer que o discurso seja encarado como uma desculpa para o resultado abaixo do esperado. Ele disse que foi escolha dele e de Jacky seguir com o planejamento em dupla. No entanto, o multimedalhista se queixou de ir menos para a água durante os treinos em Portugal. Segundo ele, Jacky treinava a maior parte do tempo com Gabriel Nascimento, canoísta sub-23 do Brasil.

A parceria de Isaquias e Jacky vem desde o ciclo de Tóquio-2020. Na última Olimpíada, eles ficaram na quarta colocação, quando a prova do C2 era cumprida em 1.000m. Mas para o ciclo de Paris, os dois se juntaram de vez na parte final do ciclo. “Em questão de técnica, de análise, tudo o Lauro (Souza, técnico da seleção) fez, viu que o barco andaria melhor comigo, então a gente pulou no barco, o barco andou melhor, e a gente estava aqui para representar o Brasil. Não foi o jeito que a gente queria, mas tem que ficar um pouco feliz pelo curto tempo que eu e o Jacky tivemos”, analisou. No começo deste ciclo, o parceiro de Jacky era Filipe Vieira.

Segundo Isaquias, ele e Jacky fizeram uma pausa em 2023 e tiveram pouco tempo para treinar para o C2. O atleta que ainda vai disputar a prova do C1 1.000m reconheceu que a disputa em dupla era um desafio maior, mas estava confiante na medalha. “Pegando pelas parciais da Copa do Mundo que teve na Hungria, em maio, a gente sabia estaria brigando pela medalha. Por isso que não foi da boca para fora que eu falei que a gente ia vir brigar pelo ouro”, relembrou.

Isaquias volta para o barco nesta sexta-feira (9). Ele vai disputar as semifinais do C1 1.000m, às 6h30, no horário de Brasília. Nesta prova, o baiano foi prata na Rio-2016 e ouro em Tóquio-2020. “Amanhã é fazer uma boa estratégia de prova para poder descansar o máximo possível para chegar à final bem”, concluiu.

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Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

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