Paris – Após fechar a final A do C2 500m na oitava e última posição, Isaquias Queiroz se queixou da preparação para a prova em que rema com o parceiro Jacky Godmann. Para o dono de quatro medalhas olímpicas, é preciso fazer uma reflexão para o ciclo de Los Angeles-2028.
“Acho que para próximo ciclo olímpico, a gente tem que decidir se vai remar barco de equipe, se vai remar barco individual. Principalmente o barco de equipe é muito prejudicado. Eu tenho que remar só duas vezes na semana. Eu e o Erlon (Silva) conseguimos ser campeões mundiais assim. Mas para a medalha olímpica é mais difícil ser campeão desse jeito”, analisou após a final disputada na manhã desta quinta-feira (8).
Por outro lado, Isaquias não quer que o discurso seja encarado como uma desculpa para o resultado abaixo do esperado. Ele disse que foi escolha dele e de Jacky seguir com o planejamento em dupla. No entanto, o multimedalhista se queixou de ir menos para a água durante os treinos em Portugal. Segundo ele, Jacky treinava a maior parte do tempo com Gabriel Nascimento, canoísta sub-23 do Brasil.
A parceria de Isaquias e Jacky vem desde o ciclo de Tóquio-2020. Na última Olimpíada, eles ficaram na quarta colocação, quando a prova do C2 era cumprida em 1.000m. Mas para o ciclo de Paris, os dois se juntaram de vez na parte final do ciclo. “Em questão de técnica, de análise, tudo o Lauro (Souza, técnico da seleção) fez, viu que o barco andaria melhor comigo, então a gente pulou no barco, o barco andou melhor, e a gente estava aqui para representar o Brasil. Não foi o jeito que a gente queria, mas tem que ficar um pouco feliz pelo curto tempo que eu e o Jacky tivemos”, analisou. No começo deste ciclo, o parceiro de Jacky era Filipe Vieira.
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Segundo Isaquias, ele e Jacky fizeram uma pausa em 2023 e tiveram pouco tempo para treinar para o C2. O atleta que ainda vai disputar a prova do C1 1.000m reconheceu que a disputa em dupla era um desafio maior, mas estava confiante na medalha. “Pegando pelas parciais da Copa do Mundo que teve na Hungria, em maio, a gente sabia estaria brigando pela medalha. Por isso que não foi da boca para fora que eu falei que a gente ia vir brigar pelo ouro”, relembrou.
Isaquias volta para o barco nesta sexta-feira (9). Ele vai disputar as semifinais do C1 1.000m, às 6h30, no horário de Brasília. Nesta prova, o baiano foi prata na Rio-2016 e ouro em Tóquio-2020. “Amanhã é fazer uma boa estratégia de prova para poder descansar o máximo possível para chegar à final bem”, concluiu.
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