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Paris 2024

Giullia lamenta falha nas quartas, mas vê esperanças por repescagem

Giullia Penalber admite “fuga” na estratégia durante quartas de final olímpica, mas ainda sonha com a medalha de bronze

Giullia Penalber em ação no wrestling dos Jogos Olímpicos de PARIS-2024
(Foto: Gaspar Nobrega/COB)

Depois de uma longa jornada de preparação, Giullia Penalber fez sua primeira aparição em Jogos Olímpicos. A atleta do wrestling teve um bom início em Paris-2024, mas caiu nas quartas de final para a moldava Anastasia Nichita, nesta quinta-feira (08). Após a competição, ela fez uma análise da luta e entendeu que cometeu uma falha que fugiu do planejamento e acarretou em sua derrota. Apesar disso, a brasileira se mostrou esperançosa em ir para a repescagem e poder lutar pela medalha de bronze.

Giullia venceu Rckaela Aquino, de Guam, na primeira rodada da categoria até 57kg do estilo livre, e encarou Anastasia Nichita na sequência. A brasileira e moldava já haviam se enfrentado uma vez neste ano, no Ranking Series de Zagreb, em janeiro, com vitória por superioridade da atleta europeia. De acordo com Giullia, Nichita é “escorregadia”, então sempre que a brasileira se expunha – naquela ocasião -, era contragolpeada. Por isso, ela fez uma nova estratégia para enfrentá-la na Olimpíada.

“Eu me preparei muito para essa atleta. Minha tática foi diferente dessa vez: ficar um pouco mais resguardada no primeiro round para poder me soltar mais no segundo. O problema foi no final. Foi uma bobeira, a estratégia estava fluindo muito bem. Ela estava bastante incomodada e não estava se achando muito. Foi uma falha boba, de fato. Eu estou bastante chateada por isso, porque o plano estava bom”, falou Giullia.

A brasileira conseguiu fazer um início de luta parelho contra a moldava e não deixou a adversária pontuar. No entanto, viu Nichita abrir 3 a 0 na metade final do primeiro round. Nos segundos finais, a brasileira se expôs e sofreu o contragolpe. A adversária dominou a brasileira no solo e conseguiu o encostamento, finalizando a luta.

Giullia Penalber sofre encostamento de moldava em Paris-2024
(Foto: Gaspar Nobrega/COB)

De olho na repescagem

Depois de perder para ela, Giullia Penalber passa a torcer por Anastasia Nichita chegar na final para que possa ir à repescagem da categoria até 57kg do estilo livre feminino. A moldava enfrentará a chinesa Hong Kexin nesta quinta-feira (08), às 14h (horário de Brasília), pela semifinal. Caso Giulia vá para a repescagem, voltará a lutar na tarde de sexta-feira (09), mesmo dia da disputa de bronze.

“Eu estava muito feliz de estar participando dos Jogos Olímpicos, foi um sonho de toda uma vida. Para mim, foi uma realização muito grande estar aqui. Porém, uma vez que a gente chega aqui, a gente quer mais. Nesse momento, é óbvio que eu estou triste porque eu tinha o sonho de avançar, eu me via muito capaz de fazer isso, mas o sonho ainda está vivo. Eu quero poder voltar para a repescagem, disputar o bronze. Eu acho que ainda há esperança, e eu vou contar com essa esperança até o último minuto, vou lutar até onde puder”, falou a carioca de 32 anos.

Um novo torneio

Em caso de ida à repescagem, Giullia Penalber enfrentará a alemã Sandra Paruszewski, adversária que ela ainda não perdeu na carreira. O último encontro entre as duas foi no Torneio Ibrahim Moustafa, em fevereiro de 2023, com triunfo de 10 a 1 para a brasileira. Se passar por Paruszewski, Giullia estará na disputa de bronze para enfrentar a chinesa Hong Kexin. Caso realmente volte a competir na sexta-feira, a brasileira terá que seguir uma nova rotina de preparação, incluindo bater o peso, o que não a agrada.

“Eu acho esse estilo de competição bastante cansativo, fisicamente e mentalmente. A gente tem que estar bem preparado, ainda mais no meu caso que eu vou ficar o dia todo aguardando para saber se eu volto ou não. É um desgaste emocional. Quando você vai direto para as semis, já sabe o que vai voltar no dia seguinte, então já fica preparado. Mas eu vim pronta para isso, eu vim pronta para todas as ocasiões, todas as possibilidades e amanhã vou estar pronta para uma nova guerra, uma nova luta e vou dar 101% do que eu consegui também”, finalizou.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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