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Paris 2024

Ana Marcela Cunha fica fora do pódio na maratona aquática

Campeã olímpica em Tóquio fechou na quarta colocação a prova de dez quilômetros realizada no Rio Sena, Viviane Jungblut, a outra brasileira na disputa ficou com a 11ª posição

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(Satiro Sodré)

Paris – A brasileira Ana Marcela Cunha ficou fora do pódio na maratona aquática dos Jogos de Paris. A campeã olímpica de Tóquio terminou com a quarta colocação na prova disputada nesta quinta-feira (8). Vivane Jungblut também representou o Brasil nos dez quilômetros pelas águas do Rio Sena e finalizou com a nona colocação. No masculino, Guilherme Costa, o Cachorrão, disputa a maratona aquática nesta sexta-feira, a partir das 2h30 de Brasília.

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Ana Marcela fechou os dez quilômetros com o tempo de 2h04min15s7, cerca de 42 segundos atrás da campeã, a holandesa Sharon van Rouwendaal (2h03min34s2). Viviane Jungblut cravou 2h06min15s8. A medalha de prata ficou com a australiana Moesha Johnson registrando 2h03min39s7 e a italiana Ginevra Taddeucci completou o pódio marcando 2h03min42s8. Desta forma, Sharon van Rouwendaal chega a dois ouros em três Olimpíadas, ganhou também no Rio. Em Tóquio, ficou com a prata atrás apenas de Ana Marcela.

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(Satiro Sodré)

Holanda, Austrália e Itália

A prova, nas imediações da Ponte Alexandre III, foi realizada em um circuito de seis voltas. Na primeira delas, Ana Marcela Cunha passou na sexta colocação, aproximadamente 18 segundos atrás da liderança. Vivi vinha mais atrás, em décimo lugar, 28 segundos atrás da ponta. Na segunda volta, Ana Marcela ensaiou uma reação e subiu para a terceira colocação, trazendo Vivi em sexto. Porém elas fecharam a parcial mais atrás, em sétimo e décimo, 13s6 e 16s atrás da primeira colocada, respectivamente.

A essa altura, a holandesa Sharon van Rouwendaal estava na frente com a australiana Moesha Johnson em segundo e a italiana Ginevra Taddeucci em terceiro. Ana Marcela vinha a nove segundos do bronze. O cenário era parecido quando as atletas completaram seis dos dez quilômetros. Rouwendaal, Johnson e Taddeucci um pouco desgarradas e um grupo, com Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut nele, logo atrás em perseguição às ponteiras.

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Viviane Jungblut (Satiro Sodré)

Ao final da quarta volta, o desenho do pódio começou a ficar mais definido. Rouwendaal, Johnson e Taddeucci abriram quase dezoito segundos para a quarta colocada Ana Marcela Cunha. Na quinta volta, estava praticamente tudo definido. A holandesa, a australiana e a italiana decidindo quem levada qual medalha, Ana Marcela no segundo pelotão, a 20 segundos do pódio, e Vivane Jungblut logo atrás.

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(Satiro Sodré)

Ciclo diferente

Após o ouro em Tóquio, Ana Marcela Cunha mudou a forma de encarar o ciclo olímpico de Paris. Buscou equilibrar um pouco mais a vida de atleta de alto desempenho com a vida pessoal. Em entrevista para o Olimpíada Todo Dia, disse que a dura rotina de competidora quase fez com que ela abandonasse o esporte. “Cheguei num momento da minha vida que eu falei: ‘não quero mais‘”. Pra piorar, em novembro de 2022, precisou passar por uma cirurgia no ombro.

Em junho do ano passado, às vésperas do Mundial de Esportes Aquáticos de Fukuoka, no Japão, Ana Marcela Cunha rompeu com Fernando Possenti, técnico dela por dez anos cuja parceria rendeu uma carreira para lá de vitoriosa. Mudou para a Itália e passou ser treinada pelo italiano Fabrizzio Antonelli. Já com ele, e recuperada da cirurgia, nadou em Fukuoka onde conquistou a medalha de bronze na prova de cinco quilômetros. Na de dez, a distância olímpica, terminou em quinto. No mundial seguinte, em Doha- 2024, novo bronze nos 5km e quinto lugar nos 10km, além da vaga nos jogos de Paris.

Na imagem, Ana Marcela Cunha comemorando - 5km Mundial de Esportes Aquáticos de Doha bronze - Viviane Jungblut
Ana Marcela, bronze nos 5km do Mundial de Fukuoka (Instagram/@cbdaoficial)

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Vivi com emoção

Vivane Jungblut também garantiu vaga na maratona aquática de Paris via Mundia de Doha. Mas foi com emoção. Ela terminou na 14ª colocação a prova dos dez quilômetros, porém havia apenas 13 vagas. No entanto, ela se beneficiou pela realocação de uma cota da França, país-sede, que garantiu duas atletas no top-13 e, portanto, abriu espaço para a brasileira.

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Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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