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Paris 2024

Thaisa sobre ouro: “Quero que elas sintam o que eu já senti”

Mais experiente do atual elenco, Thaisa quer que companheiras de equipe sintam a sensação de serem campeãs olímpicas

Thaisa em ação nos Jogos Olímpicos de PARIS-2024, com a seleção brasileira de vôlei feminino
(Foto: Luiza Moraes/COB)

Thaisa é a jogadora mais experiente do atual elenco da seleção brasileira de vôlei feminino. Aos 37 anos de idade, a central esteve presente na conquista do bicampeonato olímpico de Pequim-2008 e de Londres-2012 e, agora, é um dos destaques do time que está na semifinal de Paris-2024. Mais do que buscar seu terceiro ouro na capital francesa, ela deseja algo além: quer que suas companheiras sintam a emoção de serem campeãs olímpicas pela primeira vez.

“Fico muito feliz de estar fazendo parte desse grupo, ver a dedicação, a vontade e o desejo de vencer de cada uma delas. Eu não vejo em momento nenhum elas desistirem e isso enche meus olhos, me dá muito orgulho. Eu quero muito que elas sintam o que eu já senti. Elas merecem isso. Eu senti duas vezes, quero sentir de novo, mas elas merecem muito viver isso porque não tem explicação ser campeão olímpico. O meu pensamento, em todo treino e todo jogo é esse. É o que eu penso e o que eu mentalizo, porque sinto que elas merecem muito”, falou Thaisa.

Buscando ser a primeira tricampeã olímpica do esporte brasileiro, Thaisa é uma das jogadoras de confiança de José Roberto Guimarães e tem uma grande história na seleção feminina de vôlei. Além de Pequim-2008 e de Londres-2012, disputou a Rio-2016, quando a equipe caiu nas quartas de final. Depois das três Olimpíadas seguidas, ela ficou ausente da seleção e passou os cinco anos seguintes sem vestir a camisa amarelinha. Seu retorno foi na Liga das Nações do ano passado.

Pilar da seleção

Durante o período em que Thaisa esteve ausente, a seleção brasileira não conquistou mais títulos de nível mundial. A última grande conquista foi o Grand Prix de 2017 – ocasião em que Thaisa não esteve presente. Desde então, foram três vices de Liga das Nações (2019, 2021 e 2022), um de Campeonato Mundial (2022) e um de Jogos Olímpicos (2021). Com Thaisa no elenco, a seleção caiu nas quartas da VNL 2023 e na semi da VNL 2024.

“Eu acho que a derrota ensina muito mais que a vitória. A gente aprende muito quando dói. E tenho certeza que todas as derrotas, até mesmo quando eu não estava, doeu muito para todas elas. Porque eu já vivi a derrota também e dói muito. E a gente aprende com isso. Estamos muito focadas, sabemos o que queremos e acreditamos umas nas outras, no trabalho que está sendo feito. Eu sinto olho no olho e conexão o tempo inteiro”, falou.

“Vai ter dificuldade? Vai, porque são grandes equipes e a gente está numa Olimpíada, e não tem time bobo. Mas é acreditar no trabalho e seguir firme fazendo o que a gente vem fazendo, sabendo e respeitando as equipes que chegarem e que estiverem do outro lado. E focar no nosso, no que a gente tem feito de bom pra seguir cada vez evoluindo mais e buscar a vitória, com certeza”, completou.

A seleção brasileira de vôlei feminino está na semifinal do torneio olímpico de Paris-2024. A equipe jogará contra os Estados Unidos, numa reedição da final de Tóquio-2020, na próxima quinta-feira (08), às 11h (horário de Brasília). Em caso de ida à final, terá Turquia, Itália ou Sérvia pela frente, no domingo (11), às 08h.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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