Thaisa é a jogadora mais experiente do atual elenco da seleção brasileira de vôlei feminino. Aos 37 anos de idade, a central esteve presente na conquista do bicampeonato olímpico de Pequim-2008 e de Londres-2012 e, agora, é um dos destaques do time que está na semifinal de Paris-2024. Mais do que buscar seu terceiro ouro na capital francesa, ela deseja algo além: quer que suas companheiras sintam a emoção de serem campeãs olímpicas pela primeira vez.
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“Fico muito feliz de estar fazendo parte desse grupo, ver a dedicação, a vontade e o desejo de vencer de cada uma delas. Eu não vejo em momento nenhum elas desistirem e isso enche meus olhos, me dá muito orgulho. Eu quero muito que elas sintam o que eu já senti. Elas merecem isso. Eu senti duas vezes, quero sentir de novo, mas elas merecem muito viver isso porque não tem explicação ser campeão olímpico. O meu pensamento, em todo treino e todo jogo é esse. É o que eu penso e o que eu mentalizo, porque sinto que elas merecem muito”, falou Thaisa.
Buscando ser a primeira tricampeã olímpica do esporte brasileiro, Thaisa é uma das jogadoras de confiança de José Roberto Guimarães e tem uma grande história na seleção feminina de vôlei. Além de Pequim-2008 e de Londres-2012, disputou a Rio-2016, quando a equipe caiu nas quartas de final. Depois das três Olimpíadas seguidas, ela ficou ausente da seleção e passou os cinco anos seguintes sem vestir a camisa amarelinha. Seu retorno foi na Liga das Nações do ano passado.
Pilar da seleção
Durante o período em que Thaisa esteve ausente, a seleção brasileira não conquistou mais títulos de nível mundial. A última grande conquista foi o Grand Prix de 2017 – ocasião em que Thaisa não esteve presente. Desde então, foram três vices de Liga das Nações (2019, 2021 e 2022), um de Campeonato Mundial (2022) e um de Jogos Olímpicos (2021). Com Thaisa no elenco, a seleção caiu nas quartas da VNL 2023 e na semi da VNL 2024.
“Eu acho que a derrota ensina muito mais que a vitória. A gente aprende muito quando dói. E tenho certeza que todas as derrotas, até mesmo quando eu não estava, doeu muito para todas elas. Porque eu já vivi a derrota também e dói muito. E a gente aprende com isso. Estamos muito focadas, sabemos o que queremos e acreditamos umas nas outras, no trabalho que está sendo feito. Eu sinto olho no olho e conexão o tempo inteiro”, falou.
“Vai ter dificuldade? Vai, porque são grandes equipes e a gente está numa Olimpíada, e não tem time bobo. Mas é acreditar no trabalho e seguir firme fazendo o que a gente vem fazendo, sabendo e respeitando as equipes que chegarem e que estiverem do outro lado. E focar no nosso, no que a gente tem feito de bom pra seguir cada vez evoluindo mais e buscar a vitória, com certeza”, completou.
A seleção brasileira de vôlei feminino está na semifinal do torneio olímpico de Paris-2024. A equipe jogará contra os Estados Unidos, numa reedição da final de Tóquio-2020, na próxima quinta-feira (08), às 11h (horário de Brasília). Em caso de ida à final, terá Turquia, Itália ou Sérvia pela frente, no domingo (11), às 08h.