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Paris 2024

Vinícius Rangel celebra primeira olimpíada, apesar de faltar pernas

Único brasileiro na prova, Vinícius Rangel completou os 273 km na 71ª colocação, com pouco menos de 20 minutos atrás do vencedor

Na imagem, Vinícius Rangel com sua bicicleta e os anéis olímpicos ao fundo Movistar
Vinícius Rangel com sua bicicleta e os anéis olímpicos ao fundo. Foto: Instagram/ @viniciusrangelcosta

Com chegada no pelotão e sem companheiros de país na prova, Vinícius Rangel terminou em 71º lugar na competição de ciclismo de estrada. O brasileiro completou o percurso de 273 km em 6h39min31s.

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Inicialmente, a prova com 2800 metros de ganho de altimetria, teve uma fuga de cinco ciclistas, quatro africanos e um asiático. Tiveram mais de 13 minutos de vantagem ainda na primeira metade de prova. Em seguida, um grupo de quatro perseguidores descolou do pelotão e tentou se juntar à fuga. Enquanto Vinícius se mantinha resguardado dentro do pelotão.

Assim, no decorrer da prova, a fuga se modificou com os ciclistas encabeçando a prova. Mas alguns poucos atletas se mantiveram com alguma distância do pelotão, que, gradativamente, reduziu para se preparar aos momentos decisivos da prova. Com menos de 100 km e já entre a quarta e quinta hora de prova, a fuga sobrevivia com dois atletas, sobretudo. Além disso, perseguidores tentavam manter a distância controlada e o pelotão vinha um pouco mais atrás, com Vinícius nele. Faltando 50 km, apenas quatro ciclistas dos 90 que largaram tinham desistido.

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Então, Remco Evenepoel, favorito e vencedor da camisa branca do último Tour de France, arrancou do pelotão, escalou os grupos de fuga e tomou a liderança faltando 15 km para não sair mais. Passando pelo Louvre e chegando no Trocadero, o belga sagrou-se campeão olímpico com o tempo de 6h19min34s, mais de um minuto à frente do segundo colocado.

Na terra da maior prova de ciclismo de estrada do mundo, pódio duplo para os franceses: Valentin Madouas foi prata, com 6h20min45s, e Christophe Laporte foi bronze, com 6h20min50s. Por fim, Vinícius completou com pouco menos de 20 minutos atrás do vencedor.

Fala, Rangel

“Hoje não foi o meu dia. Acordei e já sabia que as pernas ontem (treino) respondia muito melhor do que hoje. Foi uma prova bem dura. Quando eu saí, sabia que seria difícil para estar na frente. Tentei aguentar o máximo possível depois, quando as equipes apertaram bastante. Tentei encontrar um grupo para poder terminar o meu ritmo. Tinha bastante resistência, eu treinei bastante, mas não tinha o ritmo de corrida e hoje também não encontrava as pernas”, comentou Vinícius Rangel.

O ciclista brasileiro também falou que não conseguiu colocar sua estratégia na prova: “Não exatamente, minha estratégia era aguentar até o circuito com o pelotão, mas como eu me encontrava bem, não consegui. Foi uma prova bem dura pra mim. Mas consegui completar, com certeza. É um alívio, saber que trabalhei tanto, pelo menos pra completar, foi possível”.

Para a primeira olímpiada de Vinícius, o atleta ficou satisfeito: “Foi especia. Queria agradecer a todos os brasileiros que estavam no percurso torcendo por mim. Escutei todos, muito obrigado mesmo. Foi muito importante a torcida do Brasil, acredito que só perdemos para os franceses aqui em número. Mas foi muito top. Muito obrigado a todos. Obrigado a todo mundo que está apoiando, agora é seguir trabalhando”, finalizou.

Contribuiu com a entrevista no local, André Rossi.

Jornalista formado em 2013, mas que atuo desde 2008, quando ingressei na Universidade P. Mackenzie, Trabalhei por seis anos no Diário Lance!. Passei por Punteiro Izquierdo, Surto Olímpico, Torcedores e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo. Entrei no OTD em Abril de 2023.

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