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Paris 2024

Wanderley Pereira cai e boxe masculino passa em branco

Wanderley Pereira sofre com ucraniano Oleksandr Khyzhniak e perde nas quartas de final dos Jogos Olímpicos na categoria 80kg

Wanderley Pereira Foto: Wander Roberto/COB
Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Paris – Não deu! O boxe masculino brasileiro está eliminado de Paris-2024. Hoje Wanderley Pereira, o último representante do país, caiu nas quartas de final na categoria 80kg. Ele sofreu com luta de Oleksandr Khyzhniak, da Ucrânia e perdeu por decisão unânime de 5 a 0.

Desde o início do round foi de dominância de Khyzhniak. Ele fechou a guarda e atirava forte, fazendo Wanderley Pereira ter tentasse ultrapassar a defesa com a força. Mas sem eficácia, os juízes deram os dois primeiros rounds para o ucraniano. O brasileiro começou o terceiro round já perdendo um ponto, já que entrou sem o protetor bucal. Desse modo, já com larga desvantagem no placar, foi para o tudo ou nada, se expondo mais. Porém, não conseguiu se eficiente. Ao soar do gongo, Wanderley levou golpe e respondeu mesmo com fim da luta. O placar final foi de 5-0 e eliminação do brasileiro.

“A gente já sabia do jogo dele. Tentamos empurrar o nosso, tentar trabalhar mais com a precisão do que com o volume. Mas infelizmente ele saiu vitorioso e conseguiu empurrar o estilo dele de uma forma melhor”, falou o brasileiro após a eliminação.

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Homens passam em branco em Paris

Com o resultado de Wanderley Pereira, o boxe masculino passa em branco em Jogos Olímpicos pela primeira vez desde 2012. Há três edições os pugilistas brasileiros trazem medalhas para o país. Em Londres-2012, vieram com os irmãos Falcão, Yamaguchi ficou com o bronze e Esquiva com a prata. Depois, na Rio-2016, Robson Conceição se tornou o primeiro campeão olímpico. E em Tóquio-2020, Hebert Conceição levou o ouro, enquanto Abner Teixeira foi bronze.

Mateus Alves, Head Coach da Seleção Brasileira, assumiu a responsabilidade do resultado negativo, já que esperava-se ao menos uma medalha no boxe masculino para o Brasil. “Realmente o boxe masculino deixou de desejar como equipe. A gente veio com meta de medalha sim entre os homens. A gente sai muito insatisfeito com o resultado. Obviamente que eu como Head Coach tenho a responsabilidade da equipe. Fizemos um ciclo impecável e eu sempre dizia para a equipe: ciclo impecável só se ganhar medalha olímpica. Fomos campeão por equipe sul-americano, campeão por equipe pan-americano. Campeão continental por equipe, 4 medalhas mundiais. Mas se não pega a medalha nos Jogos Olímpicos, falta comprovar. Então, ciclo perfeito do masculino até hoje, e passar em branco aqui, isso deixa muito insatisfeito, muito irritado. Vamos analisar o que aconteceu no desempenho da equipe masculina que foi abaixo do que era pra ser”, declarou o treinador.

Brasil vivo com Bia e Juci

Sem mais homens na briga, cabe a duas brasileiras manterem o boxe verde e amarelo vivo por melhores resultados. Beatriz Ferreira na categoria 60kg, garantiu ao menos o bronze ao vencer a holandesa Chelsey Heijnen nas quartas de final. Agora, Bia vai pela “mãe de todas” em final antecipada contra a irlandesa Kellie Harrington, campeã olímpica em cima da brasileira em Tóquio-2020. A semifinal entre as duas será no sábado, dia 3, às 17:08 (horário de Brasília).

Outra que segue viva na competição olímpica é Jucielen Romeu, que venceu estreia dura contra americana Alyssa Mendoza nos 57kg. A brasileira volta para o ringue em busca de medalha no próximo dia 4, às 6:16.

Formada em Jornalismo pela Unesp-Bauru, participou da Rio-2016 como voluntária, cobriu a Olimpíada de Tóquio-2020 a distância e Paris-2024 in loco pelo Olimpíada Todo Dia; hoje coordena as Redes Sociais do OTD.

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