Paris – A torcida foi um fator na derrota de Marcus D’Almeida e Ana Luiza Machado para os mexicanos Alejandra Valencia e Matias Grande na primeira rodada eliminatória das duplas mistas do tiro com arco. As arquibancadas do Hôtel des Invalides estavam cheias nesta sexta-feira (2) para acompanhar o desfecho do torneio. No fim de semana ocorrerão as finais no individual feminino, sábado (3), e masculino, domingo (4), com a participação dos dois brasileiros e, certamente, casa cheia.
“Foi diferente, a torcida, o mexicano é bem barulhento, eles torcem bastante. Foi diferente. O vento, hoje, tá oposto, tá vindo do outro lado. Demorei um pouco pra me entender com isso, mas faz parte do jogo”, disse. Neste sábado (3), ela volta para a linha de tiro para a reta final do individual feminino e, logo de cara, pega uma atleta da casa com muita torcida a favor. “Não é pra atrapalhar, né, era pra gente conseguir ficar no nosso, mas está ali, é barulho. “Amanhã vai ser um dia com bastante barulho, eu vou contra uma atleta da casa. Estou animada por isso, vai ser legal”.
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“Foi médio, né?”
Marcus D’Almeida avaliou a performance da dupla. “Foi médio, né? Não conseguimos fazer médias altas. Fizemos bons tiros, mas não suficiente. Aqui é a Olimpíada, acontece”, afirmou, logo após deixar a linha de tiro. Quando joga no individual, Marquinhos costuma dizer que não se importa quem está do lado, afirma que é “só eu e o alvo“. Nas duplas mistas, apesar de cada um dar seu tiro sozinho, isso muda um pouco. “É cada um fazendo o seu, mas existe uma conversa para tentar buscar um tiro melhor, se estiver ventando, de falar, ir um pouco para a esquerda, um pouco para a direita. Mas a forma que a gente trabalha é muito parecida com o individual”.
Woojin
O combate antes de Brasil e México envolveu Coreia do Sul e Taipei, com o sul-coreano Kim Woojin em ação. Woojin é o próximo adversário de Marquinhos na chave masculina individual em Paris. Será pelas oitavas de final, mas poderia ser a grande final, já que envolve o atual líder do ranking mundial, o brasileiro, e o vice-líder. Na disputa desta sexta, pelas duplas mistas, Woojin acertou no centro do alvo seis das nove flechas que atirou. Questionado se tinha acompanhado o desempenho do adversário, Marquinhos foi rápido na resposta: “Não, cada dia é um dia.”