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Paris 2024

Tática, mobilização e sede de vingança na vitória contra o Japão

Zé Roberto Guimarães e suas comandadas falam em jogo quase perfeito que valeu como revanche da derrota na VNL e também classificação para as quartas de final

brasil japão vôlei feminino
(Luiza Moraes/COB)

Paris – O Brasil atropelou o Japão pela segunda rodada da fase de classificação do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. O resultado surpreendeu, não pela vitória em si, mas pela forma que foi. As comandadas do técnico José Roberto Guimarães, e ele também, enalteceram a preparação, o foco e a mobilização para a revanche contra as asiáticas.

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“Elas estavam preocupadas em realizar uma atuação boa, que realmente marcasse, porque a gente teve a última contra o Japão, apesar de ter sido um jogo bom, de defesa de ambos os lados, de muito volume, a gente perdeu. Esse jogo marcou muito. Era um jogo que elas estavam muito ansiosas, muito querendo que acontecesse para poder realizar o melhor”, disse Zé Roberto, aniversariante do dia. “Estou feliz por isso, acho que aconteceu, quando você vê o time tocando nas bolas, correndo. Não tem bola perdida, todo mundo chegando. É chão, bola estourada, contra-ataque”.

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Exigente que é, achou um ponto a melhorar. “A única coisa ainda que a gente precisa é não errar a saque depois de ter uma sequência ou ter feito um ponto. Pelo menos manter. A gente não pode dar essa chance pro adversário de construir mais pontos e a vitória”, disse. “A gente treinou muito. Na velocidade que o Japão joga, não é muito simples. De você ter pessoas para fazer isso, ou das suas próprias jogadoras no treino, tentarem fazer o que as jogadoras japonesas fazem, porque elas têm um tempo diferente.

Obediência tática

“Acho que a gente conseguiu colocar em prática, dentro de fora, tudo o que a gente vinha treinando. Obediência tática, que a gente estudou tanto sobre o que poderíamos melhorar dos jogos anteriores”, disse Macris “Foi linda a energia, a entrega, a preparação”, acrescentou. A levantadora, que não entrou jogando contra o Japão, destacou o saque da equipe. “Fundamental, um dos pontos que a gente tinha estudado muito que poderia ter sido melhor em relação ao último jogo. Conseguimos diminuir um pouco a velocidade de jogo delas e a variedade de bolas, então isso ajudou muito”, acrescentou.

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Rosamaria destacou a vontade de devolver o recente revés do Brasil na Liga das Nações. “A gente nunca gosta de perder pra ninguém, né? Sabemos o quanto foi doída essa derrota na VNL. O time delas é incrível e vem jogando muito bem. Hoje acho que a gente se comportou da maneira que precisava se comportar pra jogar contra elas. Queríamos muito essa vitória. Aqui, como a gente fala, todo dia é uma final e hoje era mais uma final pra gente”.

Atitude

A capitã do Brasil, Gabi Guimarães, comemorou a atitude do time. “Hoje, dentro de quadra, entre a gente, olhar uma na outra o tempo inteiro e principalmente a comissão técnica”, afirmou. “A gente sabia que era um jogo de quebra-cabeça. Ralis longos, que a bola ia e voltava, ia e voltava. Achar o momento certo para poder arriscar onde colocaríamos as bolas e foi exatamente isso que a gente trouxe.” Ela enalteceu, ainda, a agressividade desde o começo. “Deu para sentir que a gente estava um pouquinho diferente. Sacamos muito bem, o que facilitou com que o nosso bloqueio de defesa funcionasse muito bem para o nosso contra-ataque.”

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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