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Paris 2024

Quem são as brasileiras com mais medalhas olímpicas individuais?

Rayssa Leal e Beatriz Ferreira se juntam a duas brasileiras que possuem mais de um pódio olímpico individual

Mayra Aguiar Rebeca Andrade Rayssa Leal Beatriz Ferreira (Foto: Miriam Jeske/COB, Ricardo Bufolin/CBG, Gaspar Nobrega/COB, Alexandre Loureiro/COB)
(Foto: Miriam Jeske/COB, Ricardo Bufolin/CBG, Gaspar Nobrega/COB, Alexandre Loureiro/COB)

Paris – A campanha das mulheres do Brasil foi surpreendente em Paris-2024. Das 20 medalhas conquistadas, 12 foram delas. Rayssa Leal foi bronze na emoção da última tentativa de trick no skate street feminino. Depois, Beatriz Ferreira garantiu nesses Jogos de Paris-2024 bronze na categoria 60kg do boxe. Desse modo, ambas entraram na lista de brasileiras que possuem mais de uma medalha olímpica em esportes individuais. Além disso, Sarah Menezes se tornou a primeira brasileira a ser ouro como atleta, mas agora também como técnica. Confira quem está nessa lista.

1 – Rebeca Andrade: 2 ouros, 3 pratas

Quem lidera a lista é a ginasta Rebeca Andrade, com incríveis 6 medalhas olímpicas conquistadas, 5 delas em provas individuais. Assim, ela se tornou a maior atleta olímpica do Brasil. Antes, Rebeca fez história ao conquistar um ouro no salto e uma prata no individual geral em Tóquio, se tornando a primeira mulher brasileira a levar mais de uma medalha numa mesma edição de Olimpíada. Em Paris, a ginasta conquistou ouro no solo, prata no individual geral e salto, além do bronze por equipes, sendo a primeira, entre homens e mulheres, a conquistar 4 medalhas numa edição de Olimpíada para o país. Após o términos dos Jogos, a ginasta recebeu simbolicamente o “bastão” de melhor atleta do Brasil de Robert Scheidt, que possui 5 medalhas.

2 – Rayssa Leal: 1 prata, 1 bronze

Rayssa Leal, a eterna Fadinha, vem logo em seguida com uma prata no skate street em Tóquio-2020 e um bronze em Paris-2024. A maranhense levou o skate para outro nível, conquistou medalhas e corações de brasileiros e estrangeiros por onde passou. A nível de resultados, é a mais jovem medalhista olímpica do Brasil, entre homens e mulheres, com a medalha na edição japonesa dos Jogos aos 13 anos. Em Paris aos 16, foi a única a voltar ao pódio dentre as três pioneiras em Tóquio-2020 com o bronze, conquistado no último trick da competição.

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2 – Beatriz Ferreira: 1 prata, 1 bronze

O boxe é um esporte muito masculinizado. Além disso, poucas meninas são incentivadas a entrar na modalidade. Uma exceção é Beatriz Ferreira, filha de lutador e incentivada desde cedo a ir para o boxe. Foi dela a única medalha do esporte em Paris-2024, com um bronze na categoria até 60kg. Ela foi a primeira pugilista, entre homens e mulheres, a conquistar duas medalhas olímpicas (Bia já tinha uma prata em Tóquio-2020). E foi além, foi a primeira pessoa da história a ser campeã mundial profissional e medalhista olímpica no mesmo ano.

4 – Mayra Aguiar: 3 bronzes

Fechamos a lista com a judoca Mayra Aguiar com seus 3 bronzes (Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2020). Ela poderia ter aumentado o número em Paris-2024, porém acabou sendo superada na primeira rodada dos 78kg contra a italiana Alice Bellandi. Mesmo assim, Mayra é única, participou de cinco Jogos Olímpicos e levou medalhas em três deles. Até a edição francesa da Olimpíada, Mayra era a maior medalhista feminina do Brasil. É uma referência na modalidade e mesmo que não tenha tido uma competição ideal na França, ela sempre será a Mayrão que inspirou meninas e mulheres de todo o país a irem para o judô. Não se sabe ainda como será o futuro da gaúcha, se o judogi está definitivamente pendurado, mas o que é certo é o quanto o impacto de Mayra Aguiar tem para o esporte brasileiro.

EXTRA – Beatriz Souza, Rafaela Silva, Larissa Pimenta e Ketleyn Quadros

Não podemos deixar de citar o feito do judô em Paris. O Brasil terminou a campanha com 1 ouro, 1 prata e 2 bronzes. O último pódio, por equipes mistas, teve um gostinho de redenção, uma vez que o time contou com atletas que poderiam ter ido mais longe nas competições individuais.

Foi o caso de Rafaela Silva, da categoria 57kg. A carioca, que terminou na 5ª posição da competição individual, foi essencial para a conquista do time no último dia de competições. Foi dela o ponto do desempate para o bronze contra a Itália.

Curiosamente, todas as judocas brasileiras que participaram da disputa por equipes já chegaram à disputa com uma medalha olímpica no currículo: Rafaela e Beatriz Souza foram campeãs, respectivamente na Rio-2016 e em Paris-2024, Ketleyn Quadros foi bronze em Pequim-2008 e Larissa Pimenta foi bronze em Paris-2024.

EXTRA 2 – Sarah Menezes: 1 ouro (como atleta), 1 ouro e 1 bronze (como técnica)

Para fechar, temos Sarah Menezes que conquistou duas medalhas em Paris, mas não como atleta, mas sim como treinadora. Ela é a treinadora-chefe da equipe feminina de judô e foi com Sarah na beira do tatame que Beatriz Souza se tornou campeã olímpica na categoria +78kg, enquanto Larissa Pimenta levou o bronze nos 52kg.

Sarah Menezes foi campeã olímpica em Londres-2012, se tornando a primeira brasileira a ser ouro no judô. Pioneira, Sarah se tornou técnica da seleção no final de 2021, conquistou a confiança de atletas e torcida e em Paris teve o trabalho consolidado com as medalhas de Bia e Larissa.

Formada em Jornalismo pela Unesp-Bauru, participou da Rio-2016 como voluntária, cobriu a Olimpíada de Tóquio-2020 a distância e Paris-2024 in loco pelo Olimpíada Todo Dia; hoje coordena as Redes Sociais do OTD.

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