PARIS – Guilherme Costa, o Cachorrão, chegou na França como maior esperança de medalha brasileira nas piscinas – e não conseguiu por uma crueldade do destino. Mesmo nadando para o recorde das Américas nos 400m livre, com tempo para vencer as últimas Olimpíadas, o brasileiro ficou fora do pódio. Quatro dias após a final, ele conversou com o Olimpíada Todo Dia na Casa Brasil, em Paris, refletiu sobre os últimos dias e projetou Los Angeles 2028.
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“O sentimento na hora é de que tudo que eu tinha feito não valeu, mas analisando friamente, eu fiz uma prova muito boa, fiz um tempo que seria medalha em todas as outras Olimpíadas… Mas isso é Olimpíada. Você tem que estar pronto para bater na frente, independentemente de nadar rápido ou não. Mas eu sei que minha marca é expressiva e pode ser que daqui quatro anos esse mesmo tempo ganhe medalha. Não tem o que fazer, é aceitar isso e treinar muito mais para Los Angeles.”
O PESO E A HONRA DE SER REFERÊNCIA
Questionado sobre a pressão, responsabilidade e honra que caminham lado a lado por ser o grande rosto entre os nadadores da atual geração, ele revelou gostar. E garantiu que vai usar isso como motivação para o próximo ciclo.
“É uma honra realmente. Eu gosto das pessoas esperarem algo de mim porque quer dizer que eu posso conseguir. Eu sei que cheguei aqui como a maior esperança na natação e quero chegar assim também em Los Angeles. A natação ficou sem medalha aqui, não é comum ficarmos sem medalha nas Olimpíadas, então em 2024 a gente vai conseguir de novo. Eu mereço isso, eu sinto que trabalhei para isso, treinei para isso, fiz minha preparação para isso, fiz um tempo para isso… E não aconteceu. Em Los Angeles vai ter que acontecer. Podem ter certeza que vou chegar muito melhor do que aqui.”
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EXPECTATIVA PARA NADAR NO RIO SENA
Após a final dos 400m livre, Guilherme ainda competiu nos 800m e no revezamento 4x200m, mas não passou para nenhuma outra decisão. Entretanto, as Olimpíadas de Paris ainda não acabaram para ele. Cachorrão ainda vai nadar a Maratona Aquática, percorrendo 10km em águas abertas, no Rio Sena.
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Questionado sobre a situação insalubre do rio, que fez a prova do triatlo ser adiada, ele vai na contramão de quem é especialista nos 10km e torce por muito caos.
“Eu tento olhar isso com um lado diferente. Meu técnico até fala muito que, se a maratona fosse nosso foco principal, essas dúvidas sobre data e acontecimento impactariam muito negativamente. Como para mim é uma coisa nova, uma experiência nova, um teste para ver se eu coloco ela nos meus treinos para meu próximo ciclo, eu não tenho responsabilidade nenhuma. Os outros, que são da modalidade, que têm. Então ele brinca comigo que quanto mais caótica estiver a prova, melhor pra mim, meio que equilibra as coisas”, falou Cachorrão.