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Flavinha consegue a medalha após susto no aquecimento

Flávia Saraiva teve um corte no supercílio no aquecimento da final por equipes da ginástica, mas lutou para garantir o bronze

Flávia Saraiva compete nos Jogos Olímpicos de Paris, no solo, com um curativo na sobrancelha
(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Paris – Quem olha para Flávia Saraiva após a final por equipes da ginástica artística, deve pensar que ela não é uma ginasta e sim uma pugilista. Logo no início da competição, ela deu um susto no time brasileiro, ao sofrer uma queda no aquecimento das barras assimétricas, logo no primeiro elemento que estava fazendo, ficando com um corte no rosto. Mas ela conseguiu voltar para a competição e finalmente conquistou a sua sonhada medalha olímpica, após bater na trave no Rio e em Tóquio.

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Logo após o incidente, Flavia ficou caída e foi amparada pelo técnico Chico Porath. Ela saiu da área de competição, onde foi atendida por Lara Ramalho, médica do Comitê Olímpico do Brasil. “Ela teve um trauma ali bem na região da sobrancelha que abriu e sangrou bastante a região. O que a gente precisava fazer era estancar o sangramento para ela poder voltar para o aparelho. Então na verdade o que a gente fez foi limpar bem o curativo, estancar o sangramento, a gente até usou uma cola que a gente chama de dermabonde, que é uma cola de pele para a gente conseguir realmente fechar e deu certo. E a gente foi avaliando ao longo da competição e vendo como é que estava em relação a sintomas e ao sangramento. A gente precisou trocar o curativo três vezes durante a competição, por isso que em alguns momentos ela voltava para a gente fazer a troca”, explicou a médica

Como foi o incidente

Logo no primeiro elemento que Flávia Saraiva faria no aquecimento ela caiu e sofreu um trauma no rosto. Ela rolou para a lateral do colchão, para não atrapalhar a passagem de aquecimento de Rebeca Andrade e foi para o atendimento médico. “Eu estou enxergando mas está meio embaçado. Eu bati o joelho no meu olho, mas eu não conseguia ver que estava sangrando. Não sei o que aconteceu. Provavelmente vou ter que levar um ponto mas está tudo bem”, explicou a ginasta.

Após ter o sangramento estancado, Flávia Saraiva foi para as barras assimétricas e, mesmo sem aquecer, conseguiu completar a sua prova e tirar uma boa nota para a equipe brasileira. Ela também acertou suas séries nos outros aparelhos para ajudar o time brasileiro a ganhar a medalha de bronze. “É um momento muito especial para o Brasil. Estou feliz de conseguir terminar a competição. Eu dei literalmente o sangue para essa equipe. A gente lutou muito, foi um ano muito difícil. Não foi a minha melhor competição mas eu dei tudo de mim”, finalizou a ginasta.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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