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Paris 2024

Guilherme Schimidt fala sobre waza-ari que o eliminou de Paris

Arbitragem assinalou waza-ari do italiano após revisão de vídeo, algo que o brasileiro não concordou

Guilherme Schimidt com a mão na cabeça após waza-ari que o eliminou no judô da Olimpíada de Paris-2024
(Foto: Luiza Moraes/COB)

Depois de uma decisão contestada por ele mesmo, o judoca Guilherme Schimidt parou nas oitavas de final da Olimpíada de Paris. Ele lutava contra o italiano Antônio Espósito na categoria até 81kg, quando o adversário realizou uma entrada e derrubou o brasileiro. Após revisão de vídeo, a arbitragem assinalou waza-ari, algo que o Schimidt não concordou. Ao fim da luta, ele explicou sua reação.

“No momento, achei que não tivesse sido ponto por conta da direção que ele atacou. Ele atacou para um lado e eu caí para o outro. Mas quem decide é o árbitro. Foi avaliado pelo VAR, a última tecnologia, então eles viram se realmente foi ou não. Claro que eu tenho a minha opinião como atleta. No momento, é amargo, porque ninguém quer vir para uma Olimpíada para estar voltando nas oitavas. Depois, vou assistir a luta com calma, ver o que realmente aconteceu e seguir em frente”, falou.

A luta estava no golden score quando ocorreu o episódio e, por isso, a pontuação acarretou na eliminação de Guilherme Schimidt. Assim que a arbitragem assinalou o waza-ari, Ele mostrou seu descontentamento e fez sinal de negativo com o dedo indicador, ainda no tatame. Aos 23 anos, Gui faz sua primeira aparição olímpica e era cotado a candidato à medalha no individual, uma vez que é o quarto colocado do ranking mundial.

Segunda derrota

O resultado marcou a segunda derrota de Guilherme Schimidt frente a Antonio Esposito. Esta foi a quarta vez que os dois se enfrentaram, a segunda neste ano. Antes, o brasileiro havia vencido dois encontros, no Grand Slam de Brasília 2019 e no Grand Slam de Antalya 2024 – quando foi medalhista de bronze. Já o italiano havia ganhado no Masters de Jerusalém 2022.

“Foi um pouco abaixo do que eu esperava. Claro que a gente não vem para uma competição para perder. Ser parado nas oitavas é um resultado muito amargo, ainda mais porque é um adversário que eu já tinha vencido duas vezes e os outros dois adversários ao decorrer da chave eu já tinha vencido também. Mas o judô não é visto como scout, não tem favorito. Na competição, você está aberto a ganhar e a perder. Satisfeito eu não estou aqui, mas vamos seguir em frente”, completou.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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