Rayssa Leal conquistou a medalha de bronze no skate street nas Olimpíadas de Paris e tornou-se a atleta mais jovem a subir no pódio em edições diferentes dos Jogos Olímpicos. Nesta segunda-feira, dia seguinte à conquista, a brasileira foi ovacionada na Casa Brasil, na capital francesa, e falou com a imprensa sobre terapia, felicidade e rotina, entre outros assuntos.
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Durante a entrevista, e até em todas as suas declarações após o fim da competição no último domingo, foram incontáveis as vezes em que ela citou “se divertir” como uma necessidade.
“Eu vou tirar um tempinho pra mim, minha família, terminar o que eu preciso fazer pra chegar em casa livre, tranquila, e poder só estudar. Eu preciso estudar, andar de skate, me divertir”, disse ela sobre seus próximos dias.
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TERAPEUTIZADA E FELIZ
Se divertir claramente é uma meta não negociável para a jovem skatista, que já se coloca entre os grandes nomes do esporte brasileiro. Lado a lado com a necessidade de ser feliz que uma adolescente de 16 precisa, está o acompanhamento psicológico, também exaltado por Rayssa Leal.
“Se eu não fizesse… Ia ser um problema! Tudo aconteceu muito rápido pra mim, desde quando eu tinha sete anos, o vídeo da Fadinha lá em Imperatriz. É tudo muito novo. Todo esse carinho…”
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As novidades realmente são muitas. Inclusive, essa foi a primeira edição de Jogos Olímpicos que ela disputou com público nas arquibancadas, o que gerou mais uma surpresa.
“Na hora que cheguei aqui, eu não sabia, por Deus, eu não sabia que tinha tanta gente. Eu imaginava que ia estar lotado, óbvio, mas não que ia ter tanta gente assim. É um carinho muito grande, me senti muito acolhida.”
ROTINA É A CHAVE
Junto com a terapia, que ela faz duas vezes por semana, e felicidade, está a rotina. E é aqui que ela vê o caminho para a tão sonhada e inédita medalha de ouro em Los Angeles, nos Jogos de 2028 – seus primeiros sendo maior de idade.
“Eu vou estar maior de idade, ter 20 anos, e isso está uma loucura na minha cabeça. Tudo se organiza mais fácil com rotina. Só assim tudo começou a funcionar. Vou pra escola, tenho terapia, almoço, vou pra academia depois do treino, saiu com as minhas amigas, tenho o final de semana livre. Tudo isso deixa as coisas mais leves.”
“Eu continuo adolescente, continuo brincando, pra tudo quanto é lado. Minha família e meu time nunca deixou a responsabilidade de ser uma adulta fora do tempo aparecer. Eu me sinto muito confortável e fui aprendendo com o tempo.”