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Paris 2024

Com nota histórica, Medina amassa Igarashi em revanche olímpica

Em reencontro com japonês após Tóquio, Medina fez a maior nota do surfe olímpico e avançou para as quartas de final

Gabriel Medina pegando tubo no taiti durante os Jogos Olímpicos de Paris-2024
Foto: William Lucas/ COB

Gabriel Medina entrou para história do surfe nesta terça-feira (29). Na bateria válida pela terceira rodada dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o tricampeão mundial estabeleceu a maior nota em Olimpíadas. Nas quartas, ele vai enfrentar João Chianca, que venceu marroquino. Dessa forma, o Brasil garantiu um representante na semifinal masculina. Filipe Toledo acabou eliminado do torneio.

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A bateria número 5 da terceira rodada marcou o reencontro de Gabriel Medina e o japonês Kanoa Igarashi. Na última vez que os dois se enfrentaram em Jogos Olímpicos, Kanoa levou a melhor numa disputa que teve bastante polêmica. 

Medina começou com tudo e fez história com menos de 10 minutos de bateria. Ele pegou um lindo tubo e conseguiu 9.90, a maior nota do surfe em Jogos Olímpicos. O brasileiro seguiu ativo e fechou com a somatória de 17,40 (9,90 e 7,50) contra 7,04 (3,67 e 3,37) do japonês.

“É um sonho competir nas Olimpíadas nessas condições. Nunca imaginei que a gente estaria mostrando para o mundo esse tipo de surfe, porque não é sempre que a gente pega uma condição assim. Então, estou vivendo um sonho hoje, fico feliz de ter a oportunidade de estar aqui representando o meu país e deu tudo certo”, disse Medina.

Duelo brasileiro nas quartas

Logo depois de Medina sair da água, foi a vez de João Chianca entrar em ação. Ele teve pela frente o marroquino Ramzi Boukhiam nas oitavas de final. Com a vitória de Chumbinho, o confronto brasileiro nas quartas acabou confirmado e o Brasil garantiu um representante na semifinal de Paris-2024.

Na bateria, tanto Chumbinho quanto Ramzi tiveram eficiência em suas ondas. Os dois se alternaram na liderança do placar, pegando altos tubos um atrás do outro. Faltando 5 minutos para o fim, o brasileiro virou o placar e venceu com 18,10 (9,30 e 8,80) na somatória, enquanto o marroquino ficou com 17,80 (9,70 e 8,10).

Despedida de Filipinho

O primeiro duelo Brasil e Japão do dia aconteceu entre Filipe Toledo e Reo Inaba. Diferentemente dos dias anteriores, o mar ficou pesado nesta terça-feira. Tanto que Inaba tentou pegar a primeira onda da bateria, mas acabou tendo sua prancha quebrada. Até a metade da bateria, Filipinho ainda não tinha nenhuma onda, enquanto o japonês pegou duas e somava 5,34 (3,17 e 2,17).

Filipe Toledo no surfe dos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Filipe Toledo (Foto: William Lucas/COB)

Na reta final, Filipe Toledo tentou seu primeiro tubo. O brasileiro atrasou para ficar imerso, mas acabou tomando caldo e também teve sua prancha quebrada faltando menos de 10 minutos para o fim. Na correria para virar, ele acabou fazendo escolhas erradas e só conseguiu somar 2,46 (1,43 e 1,03), enquanto Inaba ainda trocou de nota e somou 6,00 (3,17 e 2,83). 

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“Uma bateria teoricamente fácil, ele (Inaba) errou bastante e eu fiquei na indecisão de qual onda seria boa, saber se esperava a série, se pegava as medianas”, disse Filipinho.”Era para ser assim. Aquele outro tubo, acabei caindo ali no fambol, quebrou a prancha, tive que trocar jet ski, mas é isso cara, é o surfe. É por isso que se torna tão especial. Um dia você está fazendo um 9.00, no outro tá batalhando para poder passar a bateria no último minuto”, completou.

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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