Depois de ficar em sexto lugar em Paris-2024, o skatista Kelvin Hoefler não está animado com a possibilidade de ir para a próxima edição dos Jogos Olímpicos, que acontecerão em Los Angeles, em 2028. Em entrevista após a prova, o atleta de 30 anos disse que não está satisfeito com o atual formato das competições olímpicas do skate street e que vai tirar um tempo sabático para descansar.
- Warriors vencem Hawks e assumem a liderença no Oeste
- Sporting, de Edy Oliveira, vence o PSG pela Champions League
- Oito brasileiros chegam nas semis do Pan-Americano de escalada
- Brasil atropela Venezuela na estreia da Copa Pan-Am
- Zebra na Superliga: Goiás bate o Praia Clube por 3 a 2
“Eu não aguento mais. Estou cansado. Preciso de férias, descansar. Estou andando de skate há uns 20 anos e eu nunca tive férias. Essa corrida olímpica foi bem difícil, tivemos competição um mês atrás e de um alto nível. A gente não sabia se ia vir para cá até dois meses atrás, então tivemos que ficar nessa correria”, falou o vice-campeão olímpico em Tóquio-2020.
Segundo Kelvin, o principal problema do atual torneio olímpico de skate street é seu formato. Para ele, há uma maior margem de erro e privilegia atletas que sabem manobras específicas. “Eu, sinceramente, acredito que o pessoal tem que mudar o formato para os próximos Jogos Olímpicos para ser algo mais divertido”, disse ele.
“É fato que o pessoal erra, erra, erra, acerta duas manobras e ganha. Acho que tem que ser mais legal para o público curtir. Que nem o park. No skate park, tem três voltas e a melhor volta da sua vida que você tem que pensar e colocar todas as suas melhores manobras naqueles 45 segundos. É isso que tem que ser o skate”, completou.
Diferença entre Tóquio e Paris
Kelvin lembrou que em Tóquio-2020, quando ele foi medalhista de prata, o formato era diferente daquele. Tanto em Tóquio como em Paris, os atletas fizeram duas voltas de 45 segundos, além de cinco manobras. A diferença é que, no Japão, as quatro maiores notas foram contabilizadas. Já na França, uma volta foi obrigatoriamente computada, assim como apenas duas manobras.
“Acompanhar essa geração é muito difícil. Como a pista (em Paris) é muito pequena, a galera consegue tentar bastante coisa e ter mais qualidade e mais técnica. Tóquio foi diferente, a pista era muito grande e o formato também era diferente”, seguiu Kelvin, que disse que pode mudar sua ideia sobre ir a Olimpíada de Los Angeles caso o formato seja mudado no próximo ciclo.
“O que eu estou escutando por aí é que talvez mude o formato e isso é muito bom para o skate. Eu acredito que isso mude a minha decisão. Vai ser mais fácil, e não essa pegada de a nova geração aprender duas manobras e ganhar. Para nós que temos outras coisas para fazer, andamos de skate todos os dias, filmamos, fazemos fotos e temos o circuito mundial, é muito mais divertido”, disse, sem detalhes.