Siga o OTD

Paris 2024

Rafaela Silva detalha lesão e garante briga por Los Angeles-2028

Judoca de 32 anos sente o baque da derrota, mas já mira novo ciclo olímpico

Rafaela Silva
Rafaela Silva agradece à torcida em Paris. Foto: Alexandre Loureiro/COB

Rafaela Silva voltou ao palco olímpico após oito anos. Após o ouro na Rio-2016, a judoca não esteve em Tóquio-2020. Ela ficou dois anos suspensa por doping, quando viveu o pior momento da carreira. A carioca seguiu em frente e chegou como uma das favoritas à medalha em sua terceira Olimpíada. Em duas lutas que garantiriam o pódio, perdeu para duas asiáticas contra as quais tem dificuldade para vencer.

Além de campeã olímpica, a atleta de 32 anos acumula dois títulos mundiais. Mas quer mais e já definiu que vai completar mais um ciclo. “É sempre muito doloroso, porque é o meu terceiro Jogos Olímpicos. Não vou encerrar aqui hoje. Como eu já tinha falado antes dos Jogos, eu tenho o objetivo de ir até Los Angeles”, reforçou.

A brasileira não é de desistir e mostrou isso no tatame. Perdeu um duelo de oito minutos na decisão pelo bronze, com dores, mas buscou o objetivo até o fim. “Na primeira entrada que eu desequilibrei e caí no chão, senti meu joelho e não consegui mais fazer nada. É porque é a minha perna do meu principal golpe, que é o Uchimata”, detalhou Rafaela, sobre o duelo contra a japonesa Haruka Funakubo.

“É uma lesão bem chata, o médico já tinha falado comigo que uma das principais coisas dessa lesão é a falta de confiança, então eu estava me sentindo bastante incômoda durante a luta, tentei buscar até o final, mas infelizmente eu não consegui pegar aquela vitória.”

Sem desculpas

Rafaela Silva, porém, fez questão de não colocar a derrota na conta da lesão. Nem da decisão da arbitragem. O duelo contra Funakubo foi definido em revisão de vídeo. Foi considerado que a brasileira utilizou de um artifício ilegal para se equilibrar.

Rafaela Silva
Rafaela Silva agradece à torcida em Paris. Foto: Alexandre Loureiro/COB

“É uma regra para, de fato, proteger os atletas. Eles falam que quando tem um apoio de cabeça corre o risco de machucar a cervical ou algo do tipo. Eu não senti que encostei a cabeça, mas é a regra, a gente tem que aprender a lidar e, infelizmente, não foi ao meu favor hoje.”

Quinta colocada na disputa individual, a brasileira ainda deve voltar ao tatame neste sábado (3) para a disputa por equipes.

+ SIGA O OTD NO YOUTUBETWITTERINSTAGRAMTIKTOK E FACEBOOK

Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

Mais em Paris 2024