Na tarde desta segunda-feira (29), na Casa Brasil, em Paris, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o Instituto Nacional de Esporte, Especialização e Desempenho de Paris (INSEP) assinaram uma parceria inédita na América Latina, de olho nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.
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Após ser um case de sucesso entre os franceses e 26 países ao redor do mundo nos últimos 20 anos, o Brasil é o primeiro latino-americano a participar de tal dinâmica. O acordo prevê a criação de programas de troca de conhecimento e intercâmbio de atletas para treinamento e desenvolvimento de equipes.
Na Casa Brasil, localizada no Parc De La Villete, em Paris, Paulo Wanderley, presidente do COB, e Fabien Canu, diretor-geral do INSEP e bicampeão mundial de Judô, assinaram os documentos. Do palco, o dirigente brasileiro não escondeu a felicidade. “O INSEP é o maior centro de treinamento da França, um dos maiores do mundo. Nós já estamos pensando em 2028, em Los Angeles, e 2032, em Brisbane. Nossa preparação começa muito antes. Para a administração, esses Jogos Olímpicos já acabaram.”
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A importância de intercâmbio
Em entrevista concedida após o evento, Paulo Wanderley explicou que o contrato assinado é válido para esse ciclo olímpico, visando 2028, e se tudo der certo será renovado. Além disso, exaltou a importância de promover esse intercâmbio para que o Brasil, hegemônico na América do Sul, possa oferecer um treinamento diferenciado para seus atletas.
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“Nós trabalhamos com bastante antecedência para o próximo ciclo. Esse centro tem muitas modalidades, eu mesmo já participei de treinos com a seleção brasileira quando era técnico. O INSEP é o ponto de encontro do esporte mundial na Europa, e quem quiser vir treinar aqui, deve estar dentro do programa. É Europa e Ásia em um espaço concentrado ali para treinamento. Sem intercambio não tem sucesso.”
Case de sucesso no mundo
Fabien Canu, bicampeão mundial de Judô em 1987 e 1989, é o diretor-geral o INSEP e também conversou com a reportagem. Na entrevista, explicou que esse tipo de parceria acontece há duas décadas, e que, no último ciclo olímpico, dobrou de tamanho – inclusive, amanhã será assinada a renovação da parceria com o Japão.
O francês também apontou os esportes que podem ser mais beneficiados de cada lado do acordo e fez questão de valorizar o Brasil como uma força crescente no esporte olímpico. “O Brasil vai ser o primeiro país da América Latina a ter uma parceria com o INSEP – já são 26 no mundo. O progresso começa com a troca de experiências entre os atletas. O Brasil pode contribuir com o futebol e vôlei, enquanto a França tem uma experiência da esgrima e ciclismo, por exemplo. As duas partes saem ganhando”.