O Brasil terá duas representantes na final de trave da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Paris. Bronze no Mundial de 2023, Rebeca Andrade repetiu a terceira posição nas eliminatórias da Olimpíada. Mas quem surpreendeu e conseguiu uma vaga na final foi Julia Soares. Fazendo a melhor série da sua vida no aparelho, a ginasta curitibana tirou 13.800 pontos para garantir a oitava e última vaga na final olímpica da trave.
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Prova espetacular
Julia Soares fez uma série praticamente perfeita, com poucos erros. Ela começou com a entrada que leva o seu nome, o “Soares”, que consiste em uma entrada em vela com meia pirueta. Em seguida, ela fez um ótimo triplo giro cossaco. Julia também acertou sua sequência acrobática e sua série mista, que combina elementos de dança e acrobáticos. Por fim, ela acertou a combinação do salto cortada com o cadete e saiu com um belo duplo mortal carpado. “Eu fiquei super feliz. Hoje ela aqueceu bem, eu vi que ela estava tremendo para fazer, mas eu não queria pressionar ela para que ela não perdesse o controle”, comentou Iryna Ilyashenko, técnica da seleção brasileira e treinadora pessoal de Julia Soares.
Em 2019, Julia Soares conseguiu uma final de trave no Mundial Júnior, terminando em sétimo lugar na ocasião. Agora, ela volta a entrar na final de uma grande competição, logo em sua primeira Olimpíada. “A gente trabalha junto como equipe em Curitiba com meus colegas, a Carol Molinari e o Rhony que fez o solo dela. Primeiro eu liguei para a Carol e ela estava chorando. A gente treina ela desde os quatro anos. Então chegar desde lá para uma final olímpica, para nós é uma conquista muito grande”, comemorou Iryna.
Espetáculo no solo
Nascida na Ucrânia, Iryna vive no Brasil há mais de 20 anos e se tornou uma das principais treinadoras de ginástica do Brasil. Atualmente, dentro da seleção brasileira, a técnica é uma das responsáveis pela parte artística das provas das brasileiras ao lado do coreógrafo Rhony Ferreira. E ela aprovou o desempenho das ginastas do Brasil no solo em Paris. “Eu acho que as meninas brasileiras são muito carismáticas. A gente hoje apresentou quatro solos com estilos diferentes. Foi feito pelo nosso coreógrafo, o Rhony, e a gente trabalhou muito essa parte artística”, afirmou a treinadora.
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Mesmo com a espontaneidade das ginastas, Iryna ressaltou que todos os detalhes das apresentações são planejadas. Isso porque o código de pontuação pede que a ginasta saiba se expressar durante a sua série. “Cada pose, cada olhar, cada sorriso era tudo trabalhado, não era da hora. Eu acho que somos os melhores do mundo na parte artística e a gente sempre ganha por isso”, explicou.
Rebeca Andrade ficou em segundo lugar no aparelho e conseguiu uma vaga na final com nota 13.900. Jade Barbosa e Julia Soares também fizeram boas e tiraram 13.500, ficando apenas um décimo de uma vaga na grande decisão. Julia está como segunda reserva da final em Paris, entrando caso duas ginastas classificadas precisem se retirar da disputa.