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Paris 2024

Riachuelo explica brasilidade do jeans e comenta críticas

Em entrevista exclusiva ao OTD, Cathyelle Schroeder detalhou o peso do jeans para o Brasil, exaltou o trabalho de bordadeiras que deram vida ao projeto e comentou as críticas sobre os uniformes da cerimônia de abertura dos Jogos de Paris-2024

Parte de trás do uniforme que o Brasil usará na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 (Foto: Marcel Merguizo)
Parte de trás do uniforme que o Brasil usará na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 (Foto: Marcel Merguizo)

O Brasil desfila nesta sexta-feira (2) nos barcos do Rio Sena com um uniforme feito pela Riachuelo, que acabou se tornando uma das grandes pautas da discussão pública. Os conjuntos utilizados pelos atletas na cerimônia de abertura são compostos por camisetas em listras brancas e amarelas, saia midi ou calças brancas, Havaianas e jaquetas jeans com lavagem escura e bordados feitos à mão por 80 profissionais de Timbaúba dos Batistas-RN.

Nesta quinta-feira (25), véspera da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris-2024, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) realizou um evento de inauguração da Casa Brasil no Parque das Nações, em Paris, para convidados, onde o Olimpíada Todo Dia, conversou em exclusividade com Cathyelle Schroeder, CMO da Riachuelo.

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Cathyelle explicou o processo criativo dos uniformes e também respondeu as críticas. “Tanto o COB quanto a Riachuelo pesquisaram muito nos últimos anos, inclusive num olhar de semiótica sobre brasilidade. O jeans é isso, o Brasil é o segundo maior mercado de jeans do mundo, então a gente traz vários elementos que contam isso. Sobre fauna e flora, exploramos várias possibilidades e levamos às bordadeiras, que materializaram isso com o talento.”

“Nosso papel como empresa nesse momento é ouvir, acolher, entender, aprender e evoluir. A gente tem um time de monitoramento, tudo que a gente faz é pelo nosso consumidor, que nesse momento são os atletas. A gente aumentou nosso time de monitoramento nos último dias com o crescimento da curva de menções para não perder nenhum comentário. Estamos lendo e trazendo pra dentro de casa.”

Valorização das bordadeiras

Cathyelle exalta o trabalho e a emoção das bordadeiras que participaram da confecção. As roupas carregam também um dos grandes marcos desses Jogos Olímpicos em seu processo: a sustentabilidade.

“Os nossos direcionais sempre foram muito fortes nos dois pilares das Olimpíadas, sustentabilidade e equidade. A gente trabalhou no pilar de sustentabilidade social, a gente tem as nossas bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, uma cidade de 2300 habitantes, um terço da cidade vive de arte. No pilar de equidade, a gente tem mais de 70% de mulheres envolvidas nesse projeto. E quando a gente fala da jaqueta, que é nosso grande ícone, que as bordadeiras trabalharam, é um jeans que é muito mais sustentável, com lavagem diferenciada, que utiliza 70% menos água. Ao longo de todos os nossos uniformes, sustentabilidade foi central.”

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Além dos conjuntos utilizados na cerimônia de abertura, a Riachuelo fez pela Body Work, sua linha esportiva, outro trabalho com o Time Brasil. A empresa realizou a confecção dos uniformes das seleções brasileiras de vôlei para os Jogos Olímpicos. Ademais, ela também tem na ginasta Rebeca Andrade uma grande representação da aproximação da marca com o esporte.

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