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Paris 2024

Brasil busca espaço em prova histórica da natação

Disputa feminina do 400m livre é considerada uma das mais fortes da história

Seleção Brasileira de Natação
Time brasileiro de natação posa em Paris-2024. Foto: Alexandre Loureiro/COB

O primeiro dia de provas da natação conta com uma das competições mais badaladas da Olimpíada de Paris. Os 400m livre feminino propõem um embate de gerações entre a multimedalhista Katie Ledecky e a novata Summer McIntosh, de 17 anos. Elas tentam destronar a atual campeã olímpica Ariarne Titmus em uma disputa que conta com duas brasileiras. Maria Fernanda Costa e Gabrielle Roncatto buscam se classificar para esta final que promete ser histórica.

“Estou indo para minha terceira Olimpíada, mas essa é minha primeira oportunidade de nadar uma prova individual. Espero muito melhorar meu tempo de Doha (sede do Mundial de 2024) e quem sabe brigar por uma final. E chegando lá, brigar por uma medalha. Quem sabe?”, projeta Gabi após a primeira sessão de treinamentos na Arena de La Défense, sede da natação em Paris-2024.

As brasileiras devem brigar diretamente por uma vaga na final nesta prova que não tem semifinal antes da disputa por medalha. “Eu e a Mafê evoluímos muito nessa prova. Uma está puxando a outra o tempo inteiro. Mas é uma competitividade muito saudável. Tiramos o pé da piscina e já se beija e se abraça. Uma torce pela outra.”

As primeiras baterias dos 400m livre feminino começam a ser disputadas a partir das 6h do sábado (27). Já a final está programada para as 15h52.

A comoção em torno da disputa se dá pelo enfrentamento das atletas com os três melhores tempos da história da prova. Dona de 10 medalhas olímpicas, sendo 7 ouros e 3 pratas, Ledecky bateu o recorde mundial na Rio 2016, com 3min56s46. Neste ciclo olímpico, o tempo foi baixado por Titmus, superado por McIntosh e recuperado pela australiana em 2023, no Mundial de Esportes Aquáticos. A marca é de 3min55s38.

Para se ter uma noção do nível da disputa, o trio detém os 27 melhores tempos da história da prova.

Gabrielle Roncatto
Gabrielle Roncatto vai disputar a terceira Olimpíada. Foto: Lukas Kenji

“Lógico que queremos estar em uma final e brigar pela medalha, mas gosto de pensar passo a passo e a Mafê também faz isso muito bem. Nosso foco é fazer treinos bons, fazer uma boa eliminatória e quem sabe uma final?”, comenta Gabi.

O técnico principal da seleção brasileira de natação, Felipe Domingues, acredita no potencial da dupla. “Maria Fernanda está com o oitavo tempo (4min02s86). Gabrielle está com o nono tempo (4min04s18). A gente vê que tem chances de fazer três, quatro finais no sábado. Isso já é muito bom”, considera.

O primeiro dia de competições da natação terá a definição das provas feminina e masculina dos 400m livre, além das provas do revezamento 4x100m livre. Ou seja, são quatro finais no total.

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Mais cotado

Guilherme Costa é o mais cotado a brigar por uma medalha. Ele foi ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 e bronze no Mundial de 2022 nos 400m livre. “Cachorrão” tem o sexto melhor tempo entre os inscritos para a prova em Paris, com 3min43s58. A melhor marca pertence ao alemão Lukas Martens, com 3min40s33.

Já o time masculino do revezamento tem a tarefa de chegar à terceira final seguida em Olimpíadas. Na Rio-2016, o time ficou em 5º lugar e, em Tóquio-2020, fechou na 8ª colocação. A equipe será representada por Guilherme Caribé, Marcelo Chierighini, Breno Correia e Gabriel Santos.

A equipe feminina, por sua vez, cai na água com Mafê Costa, Stephanie Balduccini, Ana Carolina Vieira e Giovana Reis. Nesta prova, o Brasil nunca avançou para a final.

Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

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