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Paris 2024

Skatistas brasileiras passam perrengue com ônibus atrasado

Ônibus atrasa mais de uma hora e Rayssa Leal, Pâmela Rosa e Gabi Mazetto voltam para a Vila dos Atletas de táxi

Skatistas de Brasil e Holanda em treino nos Jogos Olímpicos de Paris
(Foto: Atibaphoto/World Skate)

Problemas logísticos têm causado algumas dores de cabeças para os atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Paris. Entre as reclamações está o transporte oficial fornecido pelo Comitê Organizador, com os atletas desaprovando a lotação e os horários dos ônibus. Nesta quarta-feira (24), por exemplo, Rayssa Leal, Pâmela Rosa e Gabi Mazetto tiveram dificuldade para voltar à Vila dos Atletas após um treino.

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O “perrengue” foi mostrado pelas skatistas nas redes sociais. Rayssa Leal postou um vídeo nos stories com um filtro de palhaço no rosto para ironizar a situação. “A gente ia sair aqui da pista às 16h20 para poder comer, tomar um banho e descansar. Tá aqui todo mundo esperando um tal de ônibus chegar e não chega. Ninguém tá entendendo isso aqui”, reclamou Rayssa. “Não tem o que fazer, nós não vamos sair desse lugar aqui para ir pra Vila caminhando, não tem como.”, completou a medalhista olímpica.

Em seguida, no story seguinte, as três skatistas brasileiras e a holandesa Keet Oldenbeuving aparecem andando de skate pela rua, falando que vão procurar um táxi. “Abre esses Rolls Royce pra gente ir aí”, brincou Pâmela Rosa apontando para alguns carros que estavam estacionados na rua.

O Olimpíada Todo Dia entrou em contato com a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) que disse que os ônibus têm atrasado diariamente. Hoje, por exemplo, após esperarem 1h30min as atletas conseguiram pegar um táxi para voltar à Vila dos Atletas.

COB emite nota sobre casos

Mais tarde, Rayssa Leal voltou aos stories para isentar o Comitê Olímpico do Brasil, que não tem responsabilidade sobre os meios de transporte, mas que ajudaram as atletas a voltarem para a Vila. “Ninguém está no controle nesta situação. Inclusive, foi o Time Brasil que trouxe a gente pra Vila de táxi. Está tudo certo, morreu o assunto”, finalizou a skatista.

O COB também emitiu nota nas redes sociais sobre os testemunhos das atletas, explicando também que o Comitê Organizador que gere a dinâmica de transporte de atletas para os locais de competição. “O Comitê Olímpico do Brasil (COB) esclarece que o sistema de transporte responsável por levar os atletas às competições e aos treinamentos nos Jogos Olímpicos Paris 2024 é provido pelo Comitê Organizador Paris 2024. Apesar de atrasos relatados por atletas brasileiros em deslocamentos no período pré-Jogos, o COB confia na capacidade dos organizadores para aprimorar os serviços”, conta a nota.

Comida da Base do Time Brasil agrada mais que a da Vila

Na parte da alimentação, alguns dos atletas brasileiros não gostaram tanto da comida do refeitório da Vila dos Atletas. “A gente chegou aqui na vila. muita gente, uma bagunça. Fila em todo lugar, acaba as coisas rápido. Aí um monte de comida diferente. Era boa, mas tinham várias coisas faltando”, afirmou o pugilista Abner Teixeira. A seleção brasileira de boxe tem treinado na base do Time Brasil em Saint-Ouen. Assim, alguns dos atletas têm aproveitado para comer por ali. “Primeiro quando a gente foi no restaurante lá na vila estava muito cheio, não tinha uma comidinha bacana. Mas hoje comemos aqui e curtimos uma comidinha brasileira. Tive que comer um pouco do strogonoff e um pouco da feijoada para aproveitar os dois”, disse Luiz Oliveira, o Bolinha.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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