Paris – No esporte de alto rendimento, cada detalhe faz a diferença. E nos Jogos Olímpicos de Paris, os atletas brasileiros terão o suporte da área de análise de desempenho do Comitê Olímpico do Brasil (COB), que em algumas modalidades fazem um trabalho praticamente em tempo real para auxiliar atletas e treinadores em busca da perfeição.
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No prédio do Time Brasil na Vila dos Atletas, há uma sala com dez computadores que estão o tempo todo processando vídeos de competições dos atletas brasileiros. Ali, Paula Avakian e André Azeredo, analistas de desempenho do COB, estão preparados para captar imagens de competição de todos os atletas do Brasil que estão em Paris. “Nós tentamos ter sempre os vídeos de competição de todos os brasileiros aqui. Às vezes, por conta da simultaneidade, não vai ser possível ter todas no momento, mas aí a gente vai escalando as prioridades de acordo com que nos é solicitado”, explicou André que está em sua primeira Olimpíada.
Trabalho especial nas lutas
Paula Avakian já estava no time de analistas de desempenho do COB em Tóquio, acompanhando principalmente o boxe e taekwondo. “A gente faz a captura dos vídeos das competições e também compartilhamos com as delegações. Nós temos uma plataforma onde enviamos os vídeos para treinadores, analistas de desempenho e atletas que precisarem posteriormente, ou em tempo real, como no caso dos esportes de luta”, disse Paula.
Os esportes de luta, são um dos principais focos do trabalho da dupla em Paris. No judô ou no taekwondo, por exemplo, os atletas fazem mais de uma luta no mesmo dia. Assim, ao término de cada combate os analistas de desempenho do COB enviam aos treinadores o vídeo da luta anterior, além de informações do próximo adversário.
De olho no futuro
Mas os analistas de desempenho do COB já estão pensando também no próximo ciclo olímpico, aproveitando os vídeos de Paris-2024 para armazenar informações sobre adversários futuros dos atletas brasileiros. “Além da gente fazer a análise da competição, a gente aproveita para armazenar o banco de dados que já vai servir para o próximo ciclo olímpico, separado por atleta. No futuro pode ser que um brasileiro enfrente, por exemplo, algum atleta do Marrocos que não tá mapeado. Mas aí a gente já teria esse acervo que foi capturado durante os Jogos Olímpicos”, finalizou Paula. Todo esse trabalho para deixar os atletas preparados para todos os desafios que irão enfrentar.