O Brasil já conhece que serão os integrantes da delegação brasileira que irão carregar a bandeira do país na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Na noite desta segunda-feira (22), Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann foram anunciados como porta-bandeiras.
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Isaquias Queiroz é o principal nome do Brasil na canoagem velocidade. Atual campeão olímpico da C1 1000m, Isaquias ainda possui mais três medalhas nas Olimpíadas. Em Paris-2024, ele vai disputar o C1 1000m e o C2 500m, podendo se tornar o maior medalhista do país caso suba ao pódio nas duas provas.
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Capitã da seleção feminina de rugby sevens, Raquel Kochhann teve que superar desafios muito além dos campos para garantir sua terceira participação em Jogos Olímpicos. Há pouco menos de dois anos, a jogadora precisou pausar a carreira para passar por um longo tratamento oncológico, que incluiu a cirurgia de mastectomia.
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“Tanto Isaquias quanto Raquel representam os valores olímpicos e são expoentes de excelência e respeito. São inspiração para os atletas brasileiros, e estamos todos muito satisfeitos em vê-los carregar a bandeira nacional ao longo do Rio Sena”, afirmou o Presidente do COB, Paulo Wanderley.
Dois sobreviventes
Os dois porta-bandeiras do Brasil em Paris-2024 podem ser considerados sobreviventes. Ainda criança, Isaquias quase morreu e tem apenas um dos rins. Ele fez das canoas dos pescadores de Ubaitaba (BA) instrumento para ganhar quatro medalhas olímpicas.
“Fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente por poder representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil. Botar nossas garrinhas para fora. Com certeza, depois de Paris, o pessoal vai ter mais conhecimento sobre essa grande modalidade. É uma experiência incrível poder representar o seu país. Eu tive a oportunidade no Rio de fazer o fechamento. Mas agora, ser o porta-bandeira na abertura, vai ser uma coisa muito especial”, disse Isaquias Queiroz.
Natural de Saudades, Interior de Santa Catarina, Raquel Kochhann sonhava em marcar gols no futebol. Contudo, acabou se encontrando com a bola oval. Ela lidera as Yaras, como são conhecidas as jogadoras da seleção feminina, desde que o rugby sevens entrou para o programa olímpico, na Rio 2016.
Um pouco antes de Tóquio-2020, descobriu um caroço que se revelaria um câncer de mama. Encarou mastectomia, quimio e radioterapia de cabeça erguida. Voltou à seleção no fim do ano passado e agora vai celebrar essa vitória carregando o pavilhão de um Time Brasil majoritariamente feminino.
“Ser atleta olímpico é difícil. Essa sensação de estar na frente, levando a bandeira para o mundo inteiro ver numa Cerimônia de Abertura é algo que não consigo explicar em palavras. A minha ficha ainda não caiu, acho que só quando eu estiver lá para saber o que vou sentir”, declarou Raquel Kochhann.
*Com informações do Comitê Olímpico do Brasil (COB)