Os Jogos Olímpicos de Paris-2024 marcam um momento histórico para o esporte feminino do Brasil. Pela primeira vez em todas as edições, a delegação brasileira terá mulheres como maioria, cerca de 55% dos 276 classificados. Amanda Schott, do levantamento de peso, faz parte desse número emblemático. Contudo, a atleta viveu momentos de incerteza e apreensão antes de ter o passaporte carimbado para a capital francesa.
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Ao lado de Laura Amaro, Amanda Schott compõe a dupla de representantes do Brasil no levantamento de peso em Paris-2024. Competindo na categoria até 71kg, Amanda quase não pôde realizar o seu sonho porque fechou em 12º lugar do ranking mundial e ficou fora da zona de classificação olímpica, somente as 10 primeiras garantem vaga. No entanto, após duas atletas deixarem de figurar no top-10, a brasileira herdou a vaga.
Ciclo complicado
Anteriormente a isso, o ciclo olímpico de Amanda Schott foi problemático. Uma lesão ocorrida durante o Campeonato Pan-Americano a impediu de participar da Copa do Mundo de Phuket, na Tailândia, que valia vaga em Paris.
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“Fui a última a garantir a vaga em Paris e acho que sou a mais feliz! Tive pensamento positivo até o último momento, mas havia um nervosismo por, devido à lesão, eu não ter conseguido fazer o meu índice. Isso me deu uma aflição. Mas vibrei muito quando saiu a classificação”, disse.
“Quando senti a lesão pensei: pronto, já era. Não sabia o grau da lesão, se ela permitiria que eu voltasse a tempo dos Jogos Olímpicos. Mas depois que conversei com os médicos do COB fiquei mais tranquila. Cumpri todas as etapas da recuperação”, conta Amanda, revelando que viveu momentos de apreensão.
“Eu ainda estava lesionada até pouco antes da confirmação e isso me deixava muito ansiosa. Tive que ter muita fé, foi nisso que me apeguei. E no meu trabalho também, tenho noção de tudo o que fiz, o quanto me empreguei para conseguir a recuperação. Se vou para os Jogos Olímpicos, é porque mereci estar lá”, contou.
Lições
Relembrando de toda a sua trajetória no esporte, Amanda Schott confessa que nunca imaginou ser possível, a esta altura, o que agora tão pouco falta para se realizar. Para ela, foi algo surpreendente. Isto porque, até 2019, era atleta da ginástica.
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“Nunca imaginei que ainda fosse possível ir às Olimpíadas. Fui ginasta e me aposentei na modalidade em 2019. Depois, pratiquei crossfit e só depois disso fui para o levantamento de pesos, buscando ser uma atleta de alto rendimento, claro. Não imaginava que, com tão pouco tempo na modalidade, poderia estar nos Jogos Olímpicos. Mas me entreguei 100% e fico feliz deste sonho ainda estar dentro de mim”, afirmou.
Amanda declara que, quando pisar na plataforma para competir em Paris, estará exalando felicidade. E espera passar às pessoas a mensagem de que nunca desistam de seus sonhos.“Sejam atletas ou não, que nunca desistam de seus sonhos. Valorizem cada dia em busca de seu objetivo, se entreguem à sua missão. Nunca se esqueçam do que vocês são capazes”, destacou Amanda.
*Com informações da Confederação Brasileira de Levantamento de Pesos (CBLP)