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Paris 2024

Vôlei feminino quer se “blindar” de distrações pelo ouro

Equipe refuta pressão após campanha na VNL e prega foco antes da estreia

Seleção brasileira de vôlei feminino

O 4º lugar na Liga das Nações após uma campanha invicta na primeira fase não abalou a seleção feminina de vôlei. O elenco admite ter sofrido o baque, mas acredita que fez uma boa preparação para a disputa da Olimpíada. Antes de treino aberto à imprensa realizado nesta segunda-feira (20), o elenco refutou uma possível pressão e se mostrou confiante rumo ao ouro.

O técnico José Roberto Guimarães reconhece que o grupo ficou machucado por sequer ter chegado à final do torneio, mas exalta a capacidade de reação da equipe para conquistar algo maior em Paris.

“Acho que o grupo está muito pelo que elas têm demonstrado. A preocupação com a alimentação, com o descanso, com o treinamento, com o foco e o comprometimento”, exaltou o treinador. “Falta uma semana (para a estreia), mas ainda tem coisas para melhorar. Principalmente o sincronismo, em ter uma leitura mais rápida para ter uma transição em termos de contra-ataque muito melhor”, completou.

Na VNL, o Brasil perdeu para duas seleções que vai enfrentar logo na fase de grupos, Japão e Polônia. Segundo a central Ana Carolina, a comissão técnica estudou bem os adversários, mas pontuou que a disputa foi acirrada e decidida nos detalhes.

Atletas do vôlei feminino do Brasil
Atletas do vôlei em treino aberto à imprensa. Foto: Wander Roberto/COB

“As duas derrotas trazem aprendizados. Mesmo se tivéssemos vencido, ainda iríamos estar com o alerta ligado. Tivemos duas semanas e meia no processo de preparação para a Olimpíada com o grupo definido. Também treinamos com atenção para esses times”, destacou.

Blidagem mental

Antes de enfrentar os algozes da VNL, a seleção brasileira estreia na segunda-feira (29), contra o Quênia. Embora seja um adversário que não dispute as competições de elite do vôlei, a capitã Gabi pregou atenção. “Na Olimpíada não tem time bobo. Existem cinco ou seis equipes na briga direta pelo pódio e pelo ouro. Então, a gente precisa ter um foco total”, alerta. “Principalmente falando de Vila Olímpica, das distrações, de redes sociais, de imprensa. A gente precisa ter uma blindagem mental porque fisicamente, tecnicamente e taticamente, a gente sabe que o time vem se preparando muito bem.”

Após o duelo contra a seleção africana, o Brasil volta à quadra no dia 1º de agosto, contra o Japão. O último jogo da primeira fase será no dia 4, contra a Polônia. Os dois melhores times de cada grupo, além dos dois melhores terceiros colocados do torneio avançam para as quartas de final.

Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

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