A seleção brasileira de judô fez o primeiro treino na França neste sábado (20) de olho em manter uma sequência histórica. Desde Los-Angeles-1984, o esporte conquista ao menos uma medalha.
Um dos nomes mais cotados para manter essa escrita é o de Rafaela Silva. Oito anos após conquistar o ouro na Rio-2016, a judoca continua como uma das favoritas no peso leve (até 57 kg). “Cada Olimpíada é diferente. Eu fui para a minha primeira (Londres-2012) com a expectativa de sair com a medalha. Eu era uma das favoritas e fiquei sem medalha. No Rio eu cheguei como incógnita e acabei ficando com o ouro. Acredito que para Paris eu venho um pouco mais experiente. Sei o quão é difícil minha categoria, mas acredito que meu nome está entre as principais favoritas à medalha”, comentou.
A carioca esteve de fora de Tóquio-2020 após ser suspensa por doping. Ela ficou dois anos sem competir, mas deu a volta por cima. Sagrou-se bicampeã mundial em 2023, mesmo ano que em foi campeã dos Jogos Pan-Americanos de Santiago.
Mais experiente, Rafaela é uma das principais referências do judô e usa essa bagagem para ajudar os mais novos. “Quem ainda na Olimpíada não tem a magnitude do que são os Jogos Olímpicos, ainda mais quando chega na Vila, vê diversos atletas que você só assistia pela TV ou pelas redes sociais. Se a gente vê que algum atleta está mais tenso, a gente tenta brincar e conversar para tirar essa adrenalina”, explicou.
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A caminhada do Brasil no judô começa no sábado (27) justamente com dois estreantes: Natasha Ferreira (48 kg) e Michel Araújo (60 kg). O judoca de 19 anos é o mais jovem da equipe composta por 13 atletas.
Cabeças de chave
Cinco deles chegam com o status de cabeça de chave do torneio. Ou seja, estão entre os oito melhores do ranking mundial. São eles Rafaela Silva, William Lima (66 kg), Guilherme Schmidt (81 kg), Beatriz Souza (78 kg) e Daniel Cargnin (73 kg).
O gaúcho de 26 anos vem de medalha em Tóquio-2020 e está confiante em conquistar algo ainda maior. “Eu tenho mais para mostrar para o judô brasileiro. Ganhei da maioria dos cabeças de chave e eu sou um deles. Então, não tem por que não sonhar com uma medalha de ouro”, enalteceu Cargnin.
Neste ciclo, o judoca teve uma lesão que o tirou dos tatames por um longo período. Ainda assim, ele foi prata no Pan de Santiago, ouro no Masters de 2022 e bronze no Mundial deste ano.
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A seleção brasileira tem como base Sainte-Geneviève-des-Bois, uma cidade que fica a meia hora de Paris, e que serve tradicionalmente serve como local de preparação para a equipe. O OTD já mostrou esse local em detalhes e você pode conhecer no vídeo abaixo:
Os judocas se mudam para a Vila Olímpica de maneira escalonada, dois dias antes de competirem. Um segundo grupo de atletas ainda vai embarcar para a França e começa a treinar na terça-feira (23). A atividade será aberta para o público local assistir, assim como ocorreu hoje.