O Comitê Olímpico do Brasil (COB) revelou nesta segunda-feira (1º) ter feito um levantamento mapeando possibilidades de medalhas em mais de 20 modalidades esportivas nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O número é superior aos 13 de Tóquio 2020 e aos 12 da Rio 2016. O evento na capital francesa vai de 26 de julho a 11 de agosto e até hoje a delegação brasileira conta com 241 atletas.
“Para Paris 2024, um levantamento feito pelo Comitê Olímpico do Brasil estima que há boas chances de novas modalidades alcançarem o olimpo. Isso porque estão mapeadas possibilidades de medalhas em mais de 20 esportes”, informou a entidade.
“Realizamos um trabalho de pesquisa junto com as Confederações Olímpicas, considerando o histórico durante o ciclo, mas, principalmente, essa reta final para os Jogos. Contudo, sabemos que nem todas as possibilidades irão se concretizar por fatores diversos. Os dados históricos recentes mostram que cerca de metade das modalidades consideradas com chances efetivamente chegam ao pódio. Por isso é tão importante sabermos que temos tantas modalidades com potencial. Esse é um dos fatores que precisamos ter para seguir evoluindo”, disse Sebastian Pereira, gerente-executivo de Alto Rendimento do COB.
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Evolução neste século
O Brasil vem incrementando o número de modalidades com medalhas olímpicas a cada edição de Jogos Olímpicos, de maneira gradual e perene. De acordo com o histórico dos pódios do Brasil em Jogos Olímpicos, até Atenas 2004, o Brasil havia conquistado medalhas em 11 modalidades diferentes: tiro esportivo, basquete, atletismo, natação, boxe, vela, judô, futebol, vôlei, hipismo saltos e vôlei de praia.
A partir daí, em todas as edições de Jogos Olímpicos, o país subiu ao pódio em alguma modalidade nova. Em Pequim 2008, foi o taekwondo; em Londres 2012, ginástica artística e pentatlo moderno; na Rio 2016, águas abertas e canoagem velocidade; e em Tóquio 2020, skate, surfe e tênis. Ao todo, 19 modalidades já angariaram medalhas para o Brasil.
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Mais do que isso, antes dos últimos quatro Jogos, o recorde de modalidades subindo ao pódio numa mesma edição havia sido Atlanta 1996, com nove. Em Londres 2012 o resultado se repetiu, e superou tanto na Rio 2016, com 12, quanto em Tóquio 2020, com 13.
Canoagem, BMX, rítmica, tênis de mesa e tiro com arco
“Não só os estudos e pesquisas do COB, mas também especialistas em esportes olímpicos citam algumas modalidades que ainda não tem medalhas em Jogos, mas que se colocaram nessa briga pelos resultados recentes. Bons exemplos são a canoagem slalom, o ciclismo BMX, a ginástica rítmica, o tênis de mesa, o tiro com arco, dentre outras. O crescimento é sustentado e o trabalho agora é oferecer a estrutura e as melhores condições possíveis para que esses atletas e equipes possam trabalhar e chegar na tão sonhada medalha olímpica”, acrescentou Sebastian Pereira.
Um dado importante levantado pelo COB que corrobora com o crescimento do esporte olímpico brasileiro é que nas últimas sete edições de Jogos Olímpicos (Atlanta 1996 a Tóquio 2020), 58% dos países que ficaram do 4º ao 10º lugar no quadro de medalhas tiveram de 10 a 15 modalidades no pódio. Ademais, entre as que ficaram do 11º ao 20º lugar nas mesmas edições, 57% tiveram de 4 a 9 modalidades no pódio. Sendo assim, o Brasil se aproximou das maiores potências olímpicas nos últimos ciclos.