Após liminar concedida pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), Thiago Braz teve a última oportunidade de conseguir o índice para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 no salto com vara, voltando a competir depois da suspensão por doping no mês de maio. Durante a disputa do Troféu Brasil de atletismo, em São Paulo, ele não superou a marca de 5,82m e deu como encerrado a chance de representar o Brasil pela terceira vez em uma Olimpíada.
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Sem poder competir por medalha na competição, pois não estava representando nenhuma equipe no Troféu Brasil, Thiago iniciou seus saltos alcançando a marca de 5,40m. Depois, ele superou de primeira a altura de 5,55m, seguindo para o 5,65m. Após duas falhas, o paulista conseguiu acertar na terceira oportunidade e se encaminhou para as tentativas do índice olímpico. Com três erros consecutivos para 5,82m, Braz fechou sua participação sem a classificação para os Jogos de Paris-2024.
“Fui atrás do que era meu, que era a minha chance de ir em busca da minha terceira medalha consecutiva. Sou um cara extremamente consciente de que eu não fiz nada e que eu não usei nada intencional. Foi difícil controlar as emoções dentro de uma prova que eu só tinha uma chance”, falou Thiago.
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Entenda o caso da suspensão por doping de Thiago Braz
No dia 28 de maio deste ano, a União de Integridade do Atletismo (AIU) anunciou a suspensão de Thiago Braz por 16 meses por conta do uso de ostarina, substância proibida que tem ação anabolizante. A punição é válida desde julho de 2023 e, por isso, ele só estaria apto a competir em novembro de 2024, ou seja, após a realização dos Jogos de Paris-2024.
O atleta alegou que ingeriu a substância a partir de suplementos contaminados. Na época, a AIU chegou a pedir uma pena que poderia chegar a quatro anos por considerar que a ação do brasileiro foi “imprudente”, já que ele supostamente estava ciente do risco de ingerir suplementos manipulados das farmácias brasileiras.
No entanto, o Tribunal Disciplinar da entidade entendeu que ele não desconsiderou manifestamente o risco porque contou com sua equipe médica para aconselhamento. Assim, a maioria do painel determinou que ele não estava em “Falha Negligência Significativa” e sua punição pôde ser reduzida em mais da metade do indicado inicialmente.
Braz argumentou que não usou a ostarina de forma consciente, pois recebeu os suplementos – contendo a substância proibida – pelo seu nutricionista esportivo. O atleta alegou ainda que o profissional havia lhe garantido que havia segurança com os alimentos e que nenhum dos suplementos continham substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidopagem (Wada).
Altobelli Silva e Tatiane Raquel levam o ouro nos 5000m
Na primeira sessão do terceiro dia de disputa do Troféu Brasil, o Pinheiros-SP levou a melhor nas duas decisões da prova dos 5000m. Altobelli Silva se sagrou campeão no masculino, alcançando o tempo de 14min19s72. Já entre as mulheres, Tatiane Raquel venceu com a marca de 16min18s90. Ambos já haviam triunfado na decisão dos 3000m com obstáculos e subiram no topo de mais um pódio na atual edição do torneio.
Na prova que valeu medalha no salto com vara masculino, Lucas Alisson Pedro, do Pinheiros, saiu com a vitória ao chegar na marca de 5,00m. Ele superou Andreas Kreiss (APA/SECEL Jaraguá do Sul-SC) e Aurélio Miguel (Centro Olímpico-SP). Já nas semifinais do 400m com barreiras, Chayenne Pereira (Pinheiros) Guilherme Viana (Orcampi-SP) fizeram os melhores tempos da disputa, alcançando respectivos 57s26 e 50s61.