Nascido em uma família binacional, Nick Albiero sempre gostou do Brasil, o país de seu pai, o técnico de natação Arthur Albiero. Desde criança, o jovem tinha o sonho de competir de verde e amarelo e vai conseguir realizar esse objetivo nos Jogos Olímpicos de Paris. Após vencer os 200m borboleta na Seletiva Olímpica da natação brasileira, Nick Albiero vai para a Olimpíada representando o Time Brasil.
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Arthur Albiero é um dos melhores técnicos do mundo e foi há mais de 20 anos para os Estados Unidos, onde comanda a equipe de natação da Universidade de Louisiville. Lá, Albiero criou raízes se casando e tendo três filhos. Dentre eles, Nicolas Albiero, que o pai contou em entrevista ao Olimpíada Todo Dia que sempre foi o que mais teve interesse no Brasil. “Dos meus três filhos ele sempre foi o que se identificou mais com o país, de querer voltar, visitar e passar tempo aqui”, contou o treinador.
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Nick Albiero começou a nadar nos Estados Unidos desde criança e chegou a representar o país internacionalmente, com direito a uma medalha de prata no revezamento 4x100m medley misto no Mundial Júnior de 2017. Mas Nicolas sempre teve o sonho de representar o Brasil. Assim, após terminar a faculdade, o jovem se mudou para Belo Horizonte, para iniciar o seu processo de mudança de cidadania esportiva.
Ciclo completo
Quando era nadador, Arthur Albiero não chegou perto de uma Olimpíada, mas competia em alto nível no Brasil, representando o Minas Tênis Clube por cinco anos. E foi o clube mineiro que abriu as portas para Nick Albiero vir ao país. “O Sérgio Onha Marques, head coach do Minas, é meu amigo de infância. Então isso foi uma das coisas que ajudou a fazer o Nick vir pra cá, na estrutura de um clube de ponta como o Minas”.
Nick Albiero se mudou para o Brasil na metade do ano passado. Desde então, o nadador tem trabalhado para se adaptar no país. Mas todas as dificuldades foram esquecidas após a conquista da vaga olímpica. “Tem sido um ano maluco. Aprendi bastante mas tem sido difícil. Mas agora vejo que tudo valeu a pena e estou muito animado em representar esse grande pedaço de mim e da minha família”, disse Nick em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
Espaço para melhora
Na disputa dos 200m borboleta, Nick Albiero mostrou que queria o índice olímpico logo nas eliminatórias, onde não segurou e abriu quase quatro segundos de vantagem para o segundo colocado. Na final, o atleta puxou forte nos primeiros 100 metros e conseguiu manter a intensidade no final para fechar a prova em 1min55s52. “Foi uma prova boa, estava me sentindo bem, mas comecei a morrer um pouco no fim. Então acho que ainda tenho o que melhorar até Paris e espero ir muito melhor lá”, comentou Nick.
Já o Coach Albiero disse que gostou do início de prova, mas achou que dava para ir melhor na terceira piscina. “Depois que ele recebeu a medalha, ele foi e me deu um abraço, com algumas lágrimas. E ele falou: não foi uma boa prova, tem muito a melhorar ainda. E eu falei que depois conversamos mais sobre isso”, disse o treinador. “O importante é isso, sempre tem margem para melhorar e é importante o atleta saber que sempre pode mais”, completou.