Bia Ferreira conquistou no último sábado o primeiro título mundial de sua carreira profissional. Com um cartel cinco lutas e cinco vitórias, duas delas por nocaute, a brasileira faturou o cinturão da Federação Internacional de Boxe. A partir de agora, entretanto, o foco dela será totalmente direcionado para a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Durante o Sem Limites, ela e o técnico Mateus Alves revelaram em detalhe qual vai ser a estratégia para não deixar a mãe de todas escapar na capital francesa.
- Sport perde pênalti e fica no empate sem gols no Brasil Ladies Cup
- Pokey Chatman revela empolgação para comandar o Brasil
- Lorrayna vê duelo com Conegliano como ‘oportunidade e desafio’
- Márcio Santos é MVP em vitória do Ulm na Eurocup
- João Fonseca vira contra Fils e vence na estreia do Next Gen Finals
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
“A gente está fazendo um estudo detalhado de cada uma classificada. A Bia praticamente já lutou com todas, estamos criando um plano estratégico antecipado para cada adversária. Então, quando cair o sorteio, contra qualquer atleta, vamos saber como vai ser. Então, a gente está realmente tendo um respaldo, um cuidado um pouco maior por ela ser um alvo das rivais. Estamos tentando tapar qualquer tipo de aresta que possa nos prejudicar para não ser surpreendido”, explicou Mateus Alves.
Estilo de luta diferente
O treinador adiantou ainda que Bia Ferreira deve mudar a forma de lutar para surpreender as adversárias. “A gente já fez isso nos camps e funcionou porque, teoricamente, elas pensam que a Bia vai pra frente para tentar matar porque a Bia pega, mas estamos montando planos estratégicos que frustem essa expectativa. Elas vão ir com o plano tático certo de mover a Bia. Então estamos querendo contra-atacar nessa estratégia, criando um período de dúvida, que a hora que a adversária perceber, já ganhamos o primeiro round”, explicou. “É uma Bia 2.0”, brincou a atleta, que ainda falou sobre o motivo pelo qual ela chama a medalha de ouro olímpica de mãe de todas.
“Foi uma brincadeira com a minha mãe. Eu falava que estava colecionando medalhas, que são as minhas filhas. E uma vez ela me perguntou: ‘Qual é a mais importante?’. E eu falei: ‘a mãe de todas’. Aí pegou nessa brincadeira, acabou que eu levei para uma entrevista e todo mundo já sabe”, explicou.
A competição na capital francesa deve marcar a despedida de Bia Ferreira do boxe olímpico e a medalha de ouro é a única conquista que falta nesta modalidade. Em Mundiais, ela ganhou dois ouros e uma prata em quatro participações, e foi campeã dos dois Jogos Pan-Americanos que disputou. No total, ela disputou quase quatro dezenas de competições internacionais desde que se tornou titular da seleção brasileira e só ficou fora do pódio uma vez. Em Jogos Olímpicos, bateu na trave em Tóquio-2020 e ficou com a medalha de prata.