Apoiar quem tem potencial, mas que ainda não conseguiu realizar o sonho de subir no pódio dos Jogos Olímpicos. Com essa filosofia em mente, o Time Petrobrás foi lançado nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, com 30 nomes escolhidos a dedo pela gestora do projeto, Adriana Samuel, duas vezes medalhista olímpica no vôlei de praia. Juntam-se a eles mais 15 atletas paralímpicos, inspiradores por si só, mas também por ostentar o que falta ao primeiro grupo: uma coleção de medalhas em Jogos Paralímpicos.
- Egonu cresce e Praia Clube encerra Mundial sem medalha
- Osasco se recupera de susto e vira vice-líder da Superliga
- Larissa Silva marca seis vezes e Gran Canaria vence no Espanhol
- Com atropelo após intervalo, União Corinthians vence Corinthians
- Sesi Franca derrota Vasco e segue na briga pelo G4 do NBB
“O desafio foi não olhar para os atletas já consagrados e apoiar também atletas com muito potencial e que estão em começo de carreira. E um dos critérios para a escolha foi do atleta olímpico ainda não ter uma medalha olímpica. A ideia é a Petrobrás patrocinar aqueles que já faziam parte do time no ciclo anterior e bateram na trave, que são brilhantes atletas, mas que ainda não conseguiram conquistar uma medalha, fazendo uma mescla com jovens nomes de muito potencial”, revelou Adriana Samuel.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIKTOK E FACEBOOK
A MEDALHA BATEU NA TRAVE
Darlan Romani, que ficou em quarto lugar no arremesso do peso em Tóquio, é um desses atletas que ficaram por pouco fora do pódio e que seguem patrocinados pela Petrobrás. Campeão mundial indoor em 2022, ele sente que está chegando a hora de colocar a medalha olímpica no peito. “Meu desejo é muito grande. Venho lutando por isso faz anos, tive vários empecilhos, mas isso só nos fortalece e nos dá mais desejo de colocar o pé no pódio. Eu tenho essa sensação de que está chegando o momento. Estou me preparando para isso. Toco o foco e toda a energia está nesse sonho”, garante o Senhor Incrível.
Na mesma situação de Darlan Romani está Milena Titonelli, do taekwondo. Em Tóquio-2020, ela ficou a uma vitória do pódio. A atleta perdeu a disputa do bronze para a marfinense Ruth Gbagbi e acabou em quinto lugar. “O fato de ter chegado perto só deixa aquele gostinho de quero mais e mostra que não é impossível chegar lá. Estou batalhando todo dia pensando nisso. Esse quase ainda me incomoda muito e ainda dói bastante, mas também me motiva muito a chegar na medalha tão desejada na próxima Olimpíada”, afirma a atleta.
ATLETAS EM ASCENSÃO
Além dos que bateram na trave em Tóquio, há no Time Petrobrás atletas em ascensão que certamente chegarão a Paris-2024 com grandes chances de medalha como Duda e Ana Patrícia, campeãs mundiais de vôlei de praia no ano passado, e Marcus D’Almeida, atual líder do ranking mundial do tiro com arco. Quem entra nesta lista também é Beatriz Souza, medalhista nos últimos três mundiais de judô (prata em 2022 e bronze em 2021 e 2023), e Guilherme Costa, o Cachorrão, bronze nos 400 m livre do Mundial de Esportes Aquáticos de 2022 e quarto colocado em 2023.
JOVEM CONFIANTE
Já entre os jovens em ascensão se destaca o judoca Guilherme Schimidt, de apenas 22 anos, mas que luta de igual para igual com os mais experientes. Medalha de bronze no Mundial júnior de 2019, o atleta estreou com tudo na categoria sênior em 2021 e coleciona bons resultados. Ele venceu dois torneios de nível de Grand Slam e foi campeão pan-americano em 2022. Em 2023, foi prata no Masters e ficou com o vice-campeonato do Pan.
“Eu estou indo para a minha primeira edição de Jogos Olímpicos, mas tenho bastante confiança pelo fato de já ter vencido os principais adversários da minha categoria. No Masters deste ano eu venci o atual campeão olímpico (Nagase Takanori, do Japão) e o atual campeão mundial (Tato Grigashvili, da Geórgia). Então, o meu desempenho nas competições internacionais gera essa confiança de continuar trabalhando para conquistar o meu sonho em Paris-2024”, diz o jovem judoca.
PARALÍMPICOS INSPIRADORES E MEDALHADOS
Mas, se faltam medalhas olímpicas na nova versão do Time Petrobrás, sobram paralímpicas. Carol Santiago, dona de três ouros, uma prata e um bronze em Tóquio-2020 e de mais 18 medalhas em Mundiais, é a recordista. Mas ela tem a companhia de Gabriel Bandeira (4 medalhas), Thalita Simplício (3), Raissa Machado (1) e Lucas Mozela (1).
“Eu sempre pensei que seria interessante que meus resultados servissem de incentivo e de inspiração para outros atletas”, afirmou Carol Santiago, que espera inspirar companheiros de time a também chegar ao pódio. “É motivo de muito orgulho fazer parte do Time Petrobrás”, comemora.
O TIME PETROBRÁS
O investimento previsto para esta edição do Time Petrobras é de R$ 12,5 milhões, contemplando o período de competições importantes como os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Santiago (Chile), entre outubro e novembro deste ano, e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, em 2024. O valor do patrocínio pode ser destinado a melhorar condições de treino do atleta, equipe técnica, e acompanhamento médico, fisioterapêutico e nutricional, apoiando, assim, toda sua jornada e aprimorando seu desempenho.
Iniciado em 2015, o projeto Time Petrobras já apoiou 85 atletas de 31 modalidades, que conquistaram 91 medalhas em Jogos Olímpicos, Paralímpicos, Pan-Americanos e Parapan–Americanos. Só nos Jogos de Tóquio 2021, o Time Petrobras conseguiu 11 medalhas para o Brasil. Mais de R$ 26 milhões já foram investidos no treinamento de atletas de alto rendimento de diversas modalidades.
Os novos atletas e paratletas que integram o Time Petrobras são:
Ana Patrícia – vôlei de praia
Ana Sátila – canoagem
André Stein – vôlei de praia
Augusto Akio – skate
Beatriz Souza – judô
Bruna Takahashi – tênis de mesa
Caio Souza – ginástica artística
Carol Santiago – natação paralímpica
Carol Naka – boxe
Darlan Romani – arremesso de peso
Duda Lisboa – vôlei de praia
Evandilson Neto – canoagem
Felipe Ho – escalada esportiva
Filipe Vieira – canoagem
Flávia Saraiva – ginástica artística
Gabriel Bandeira – natação paralímpica
George Souto Maior – vôlei de praia
Giovanna Prada – iQ Foil (windsurf foil)
Gui Caribé – natação
Guilherme Costa – natação
Guilherme Schimidt – judô
Hugo Calderano – tênis de mesa
Ícaro Miguel – taekwondo
Izabela Rodrigues – arremesso de peso e lançamento de disco
Jessica Messali – paratriatlo
Keno Marley – boxe
Laura Amaro – levantamento de peso
Leticia Oro – salto em distância
Luan San – breaking
Lucas Mozela – natação paralímpica
Luísa Baptista – triatlo
Marcus D’Almeida – tiro com arco
Mateus Isaac – iQ Foil (windsurf foil)
Milena Titoneli – taekwondo
Raissa Machado – lançamento de dardo paralímpico
Samuel Oliveira – natação paralímpica
Sophia Medina – surf
Thalita Simplício – atletismo paralímpico
Thiego Marques – judô paralímpico
Toquinha – breaking
Tuany Barbosa – arremesso de peso paralímpico
Vitor Tavares – badminton paralímpico
Vitória Rosa – atletismo
Viviane Jungblut – maratona aquática
Ygor Coelho – badminton