Mais dois atletas brasileiras garantiram o índice olímpico para Tóquio através da primeira Fase de Treinamento Seletiva de atletismo, que acontece nesta semana no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Nesta sexta-feira (11), Ricardo Mendonça e Christian Gabriel, ambos da classe T37, conquistaram o índice nos 200m com o tempo de 23s02 e 22s85, respectivamente. A marca exigida para a classe voltada para atletas com paralisia cerebral era 23s31.
“Para mim, é uma alegria muito grande fazer esse índice. Tenho muito a agradecer ao meu técnico João, da equipe APC-Campinas, e ao Fábio Dias, que acreditou em mim quando nem eu mesmo acreditava que era possível fazer esse índice”, relatou Ricardo, que começou no esporte apenas em 2019 e há quatro meses treina no Centro de Referência que funciona no CT Paralímpico. Em 2014, ele sofreu um acidente que deixou sequelas no braço e perna direitos.
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Já Christian Gabriel é um dos jovens talentos da classe T37. O paulista de Sertãozinho tem no currículo a medalha de ouro no Mundial de Jovens 2019 nos 200m.
Vale dizer que além da dupla, o Brasil conta com outro dois atletas da classe T37 com índices para a disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Vitor Antônio de Jesus (100m, 200m, 400m) e Mateus Evangelista (100m e salto em distância), o mais veterano dos quatro da classe 37, também possuem índices para os Jogos. Todos os atletas aguardam a convocação oficial do CPB para confirmação da vaga na capital japonesa.
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Ao todo, 63 atletas participam da seletiva, que tem como objetivo definir o preenchimento das vagas do atletismo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. No total, a modalidade conta com 54 vagas e destas, 13 já estão ocupadas pelos campeões mundiais de Dubai 2019.
Pela regra do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês), cada país pode ter até três atletas da mesma classe por prova no atletismo paralímpico nos Jogos Paralímpicos. Então, neste caso, caso todos os quatro atletas sejam convocados, a prova dos 100m poderá contar somente com a participação de três velocistas brasileiros. A regra se aplica a todas as provas e classes e, em caso de junção, provas multiclasse, o limite é de três atletas por nacionalidade, independente da classificação esportiva.