Com incríveis 24 medalhas paralímpicas conquistadas em três diferentes edições, Daniel Dias não é somente o maior medalhista paralímpico do país, como também um dos atletas mais experientes do Brasil. A partir do dia 24 de agosto, o nadador estará em Tóquio para a disputa de sua quarta e última edição paralímpica. Apesar do longo histórico na competição, Daniel não esconde que a ansiedade e nervosismo para uma disputa de Paralímpiada como essa ainda existem, ainda mais e tratando do seu último evento como atleta profissional.
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“O frio da barriga ainda existe, com toda a certeza. Claro que desta vez será um pouco diferente. Porque, pra mim, Tóquio terá um sentido ainda mais especial. Me lembro da sensação que eu tive quando fui disputar a minha Paralímpiada. Pra essa última agora, o significado vai ser totalmente diferente, porém o frio na barriga ainda existe e esse é um fator essencial para todo atleta”, declarou em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.
Dono de uma das maiores coleções de conquistas do esporte brasileiro, Daniel Dias possui quase 100 medalhas conquistadas em entre as maiores competições do esporte paralímpico do planeta em seus pouco mais de 16 anos de carreira. Em Tóquio, o nadador que compete nas classes S5, SM5, SB5 terá a chance de conquistar cinco novos medalhas à esse longo currículo.
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“Espaço para as medalhas a gente sempre acha, nem que precise adicionar uma nova prateleira em casa (risos). Mas assim como todas as outras grandes competições que eu participei, não gosto de ficar prometendo resultados. O que eu projeto é demonstrar a minha melhor versão na Paralímpiada de Tóquio, o melhor resultado possível que eu conseguir. Mas desta vez, mais do que medalhas, espero conseguir coroar esta carreira linda que venho construindo”, declarou o detentor de 14 medalhas de ouro em Jogos Paralímpicos.
Desafios a mais
Apesar da longa experiência em competições deste nível, o nadador paralímpico acredita que a edição japonesa deverá apresentar desafios novos ao atletas por conta dos rígidos protocolos de segurança contra a covid-19 que precisarão ser seguidos a risca pelos competidores durante a estadia no território japonês.
“Com certeza estes jogo terão um ambiente e uma atmosfera diferente. Aquele clima tradicional da vila olímpica deve se perder um pouco e isso pode afetar um pouco nosso dia a dia. No entanto, acredito que os fatores essências dos Jogos, sobretudo a questão da competitividade, estará presente da mesma forma das outras edições e tudo deve acontecer da melhor forma”, avaliou Daniel Dias.
Outra mudança significativa do evento por conta da pandemia que ainda assola o planeta irá acontecer nas arquibancadas. Enquanto a presença do público estrangeiros nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020 já foi vetada, a presença do público japonês ainda não está definida e a decisão deverá ser divulgada apenas no próximo mês de Junho. A torcida pessoal de Daniel Dias é para que o público esteja presente nas competições, porém apenas se isso não causar riscos de novas infecções.
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“É claro que a gente torce muito para que haja um público presente no evento. No entanto, é essencial que isso apenas aconteça no caso em que as autoridades tenham plena certeza de que a presença dos torcedores não vá gerar riscos para o próprio público, para os atletas, para os funcionários, e quem mais estiver envolvido nisso tudo”, completou.