A equipe de nadadores velocistas do Centro de Referência de natação que funciona no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, realizaram uma tomada de tempo nos treinos de sexta e sábado, 26 e 27 de fevereiro. O objetivo da atividade foi proporcionar um ritmo similar ao das competições.
Os atletas retornaram aos treinos em julho do ano passado após a abertura parcial do CT Paralímpico.
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Participaram da tomada de tempo onze atletas: Carol Santiago (S12), Phelipe Rodrigues (S10), Ruiter Silva (S9), Ana Karolina Soares (S14), Gabriel Cristiano (S8), Andrey Garbe (S9), Vitória Ribeiro (S8), Stephanie Ariodante (S14), Kaio Adriano (S14), Ítalo Gomes (S7) e o Daniel Dias (S5) apenas no sábado, 27.
Jogadoras se dividem entre o vôlei sentado e profissão fora das quadras
Para essa simulação de competição, o técnico-chefe da natação paralímpica, Leonardo Tomasello, optou por incluir arbitragem, além dos placares eletrônicos. “Como estamos há mais de um ano sem competição, procuramos ao máximo proporcionar esse ambiente para os atletas, com placar eletrônico, semifinal e final, até para eles treinarem aquecimento de competição. Colocamos árbitro para ver o nado, verificar possíveis irregularidades das regras”, explica.
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De acordo com Tomasello, a cada simulação, os atletas obtêm resultados mais próximos de seus melhores tempos. “A Ana Karolina, a Carol Santiago e o Ruiter chegaram muito próximo as suas melhores marcas”, conta.
Ruiter Silva, campeão parapan-americano em Lima 2019 nos 50m livre (na classe S9) e o medalhista de prata no revezamento 4x100m livre 34 pontos nos Jogos Rio 2016, ficou satisfeito com seu desempenho na simulação.
“Gostei muito dos resultados da tomada de tempo. A gente encerrou um período muito duro, que eu sofro bastante, que é o bloco de força. Nadei muito próximo das minhas melhores marcas, na minha prova principal [50m livre]. Eu consegui fazer a prova exatamente como eu queria. Fizemos algumas mudanças para eu nadar sem respirar. Todos os tiros que fiz durante os treinos foram bloqueados e nessa tomada de tempo também. Está ficando cada vez mais automático. Essas tomadas de tempo são muito importantes nesse momento que estamos sem competições para não perdermos o ritmo”, explica Ruiter, que tem má-formação congênita na mão esquerda.
A próxima tomada de tempo está prevista para o fim do mês de março durante a primeira fase de treinamento da Seleção Brasileira de natação.