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Daniel Dias pede mais valorização do esporte paralímpico

Comitê Paralímpico fecha 2018 celebrando medalhas e recordes
Divulgação

Daniel Dias, o maior medalhista paralímpico do Brasil, falou sobre a falta de incentivo à categoria no país. Confira!

Inspirado em Clodoaldo Silva, Daniel Dias começou a nadar após os Jogos Paralímpicos de Atenas 2004. Três edições depois – Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016 – o atleta se tornou o maior medalhista da categoria no Brasil. Entretanto, mesmo ocupando este posto, o recordista considera que o esporte paralímpico merece mais reconhecimento.

“Acredito que ainda falta valorização. Falta a crença na ferramenta ‘esporte’. Quando perceberem tamanho benefício que o esporte traz para a sociedade como um todo, teremos mais oportunidades. Não só de patrocínios, mas de realização de eventos, de desenvolvimento de clubes e centros de treinamento também”, considerou Daniel Dias em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.

Compartilhando da visão de muitos atletas paralímpicos, Daniel também vê a Rio 2016 como um evento que colaborou muito para a mudança do cenário do esporte. Mas, ainda assim, existe um longo caminho a ser percorrido. “O alto rendimento é muito exigente, demanda um certo investimento para a compra de equipamentos, materiais de treino e suplementos, por exemplo”, exemplificou.

Momento especial

Daniel Dias na Rio 2016

Daniel Dias no pódio da Rio 2016 – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Assim como os Jogos Paralímpicos Rio 2016 significaram muito para o esporte em geral, o momento também foi expressivo na vida de Daniel Dias. Ao todo, foram nove medalhas conquistadas no Brasil, sendo quatro de ouro, três de prata e duas de bronze.

“Quando eu nadei a minha primeira prova na Paralimpíada do Rio foi algo muito marcante e único. A emoção de nadar a competição mais importante, com a minha família na arquibancada, meus filhos e esposa pela primeira vez me acompanhando de perto, e toda aquela torcida brasileira gritando por mim, foi emocionante. Pela primeira vez eu pude escutar a torcida debaixo da água. E subir ao pódio com uma medalha de ouro e escutar o hino me fez chorar também”, relembrou o atleta.

Além das medalhas na Rio 2016, Daniel acumula mais 15 conquistadas em Paralimpíadas – com o total de 24 medalhas olímpicas. Em Mundiais, foram mais 30 – 24 ouros e seis pratas. Em Jogos Parapan-Americanos, foram 27 – todas de ouro.

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