Além de esportes olímpicos, agora também noticiaremos os paralímpicos. Confira um pouco do histórico da categoria do Brasil!
O movimento paralímpico surgiu após a organização de uma competição esportiva com veteranos da Segunda Guerra Mundial com lesões na medula espinhal, criada por Ludwig Guttman, em 1948. Este evento foi o pontapé inicial para que novas competições para atletas com deficiência fossem organizadas. Sendo assim, os primeiros Jogos Paralímpicos de Verão aconteceram em Roma, em 1960. Desde os Jogos de Seul, em 1988, a organização se juntou com a Olimpíada.
Hoje, o programa dos Jogos Paralímpicos conta com 22 modalidades. São elas: paratriatlo, paracanoagem, atletismo, goalball, natação, tênis em cadeira de rodas, voleibol sentado, basquete em cadeira de rodas, halterofilismo, remo, tiro com arco, bocha, futebol de 5, parabadminton, hipismo, ciclismo, rugby em cadeira de rodas, tiro esportivo, esgrima em cadeira de rodas, judô, tênis de mesa e taekwondo.
Já nos Jogos Paralímpicos de Inverno, existem apenas cinco modalidades: esqui alpino (disputado junto com o snowboard), esqui cross country, biathlon, hóquei e curling em cadeira de rodas. Para que a disputa seja justa, é feita uma divisão dos atletas levando em consideração a deficiência apresentada.
E é essa a novidade que o Olimpíada Todo Dia tem o prazer de apresentar: agora, também noticiaremos esportes paralímpicos, como forma de incentivar e promover a causa, que já trouxe tantas medalhas ao Brasil.
Comitê Paralímpico Brasileiro
Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo – Foto: Divulgação/CBP
Com o papel de organizar a participação do país em competições continentais, mundiais e Jogos Paralímpicos, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) promove o desenvolvimento dos diversos esportes paralímpicos no Brasil. Além disso, atualmente, o órgão também desempenha a função de confederação, organizando o calendário de competições de cinco modalidades: atletismo, natação, halterofilismo, esgrima em cadeira de rodas e tiro esportivo.
Mizael Conrado, ex-atleta do futebol de 5 (para cegos) e atual presidente do CPB, falou em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia sobre as participações do Brasil em Jogos Paralímpicos.
“Temos constantemente evoluído nas últimas edições de Jogos Paralímpicos. Como referência, conquistamos 43 medalhas em sete diferentes modalidades nos Jogos de Londres 2012. Quatro anos mais tarde, medalhamos 72 vezes em 13 esportes. Para as próximas edições, já é possível dizer que o Brasil trabalhará para manter o papel de potência do esporte paralímpico”, afirmou Mizael.
Também na visão do presidente, a Rio 2016 foi um “divisor de águas”. Após os Jogos, o movimento paralímpico passou a ser visto como um produto interessante, que tem retorno. “A nossa meta é continuar trabalhando próximo à mídia para que possamos colocar em pauta todo o novo ciclo até Tóquio e mostrar que nossos atletas podem muito mais”, considerou o presidente. O planejamento para a próxima Paralimpíada, inclusive, já foi divulgado.
Rio 2016
Cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 – Foto: Getty Images
Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil conquistou a 8ª colocação no quadro de medalhas, com um total de 72 – 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. Quem liderou as conquistas e não deu chances aos países adversários foi a China, com o total de 239 medalhas. Durante a Paralimpíada, o Rio de Janeiro recebeu 243 mil turistas, que chegaram a movimentar um total de R$ 410 milhões em renda.
Ao todo, o Brasil soma 12 participações em Jogos Paralímpicos de Verão. Nesses anos, os atletas brasileiros conquistaram 302 medalhas – 87 de ouro, 112 de prata e 103 de bronze.
