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Morre Paulo Sérgio de Miranda, pioneiro do goalball no Brasil

Ex-treinador da Seleção Brasileira feminina goalball e coordenador técnico da CBDV faleceu nesta terça-feira, no Rio de Janeiro

Paulo Sérgio posa durante Regional Sudeste 1 deste ano, no IBC, com uma placa de homenagem que recebeu da CBDV pelos serviços prestados ao goalball e ao movimento paralímpico. Foto: Renan Cacioli/ CBDV.
Paulo Sérgio posa durante Regional Sudeste 1 deste ano, no IBC, com uma placa de homenagem que recebeu da CBDV pelos serviços prestados ao goalball e ao movimento paralímpico. Foto: Renan Cacioli/ CBDV.

Morreu nesta terça-feira (19) o professor Paulo Sérgio de Miranda aos 74 anos de idade no Rio de Janeiro. Paulo atuou no movimento paralímpico desde os anos 1980, sendo um dos pioneiros do goalball no Brasil. Inclusive, foi treinador da Seleção Brasileira feminina em Londres-2012 e coordenador técnico da modalidade na Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) na Rio-2016.

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Potiguar de Natal, Paulo Sérgio passou por uma cirurgia para a retirada de parte de um tumor no cerebelo em 2023. A região contempla uma porção do sistema nervoso central localizada na parte de trás do crânio e relacionada a postura, coordenação, equilíbrio e controle cognitivo. Seu falecimento se deu em consequência do tumor, depois de 40 dias internado. Paulo deixa a esposa, Rosana, um filho, Rodrigo, e cinco netos.

Vanguarda do goalball no Brasil

Paulo Sérgio de Miranda tem o nome escrito na história do goalball brasileiro. No Instituto Benjamin Constant (IBC), onde deu seus primeiros passos na carreira, Paulo recebeu este ano uma homenagem da Confederação pelos serviços prestados ao movimento, durante a cerimônia de premiação do Regional Sudeste 1.

“A descoberta do goalball veio um pouco depois, em 1987 ou 1988, quando ele começou a desenvolvê-lo no IBC. O goalball passou a ser a grande paixão do Paulo. No meio, ele é muito querido, principalmente por atletas, e muito bem quisto por todos os demais colegas, técnicos, dirigentes”, disse Antônio Menescal. Eles foram colega de faculdade na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

“O professor Paulo teve uma participação imensa no goalball brasileiro, é um cara que formou muito atleta e deixou seu legado aqui, deixou boas amizades. Todos esses anos que tive o orgulho de trabalhar com ele, aprendi bastante enquanto atleta e pessoa. Gratidão por tudo o que ele fez pelo esporte paralímpico brasileiro”, disse o ex-atleta e atual secretário-geral da CBDV, Romário Marques.

“O Paulo foi importante não só para o goalball, mas para todo o movimento paralímpico, porque trabalhou com outras modalidades. Falando especificamente sobre o goalball, ele foi um dos que iniciaram a modalidade no Brasil”, destacou Fábio Brandolin. Atualmente Brandolin é auxiliar técnico da Seleção Brasileira masculina e foi pupilo de Paulo na tradicional instituição carioca.

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV)

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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