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Verônica Hipólito e Raissa Machado reforçam ideia de inclusão

Verônica Hipólito e Raissa Machado, medalhistas nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 no atletismo (Douglas Magno/CPB e Wander Roberto/CPB)
Verônica Hipólito e Raissa Machado, medalhistas nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 no atletismo (Douglas Magno/CPB e Wander Roberto/CPB)

No Clube Esperia, entre os dias 28 e 29 de setembro, ocorreu a etapa de São Paulo da Liga Esportiva Nescau, a sétima competição do ano. O evento realizado na capital paulista reuniu 48 modalidades esportivas, em um ambiente que integrou esportes convencionais e adaptados em um só lugar. As atletas Verônica Hipólito e Raissa Machado, medalhistas nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, exaltaram a importância desta inclusão em entrevista exclusiva ao OTD.

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“Aqui acontece a inclusão de verdade. De nada adianta a gente fazer um super evento, e no dia um ser só modalidades olímpicas e no dia dois serem modalidades paralímpicas. Quando você integra você inclui, quando você inclui você coloca aquela “sementinha” no coração das famílias. Daqui a dois, cinco, 10 anos, a gente vai ter uma sociedade muito mais acessível e com muito mais inclusão”, falou Verônica.

Na sua segunda participação paralímpica na carreira, Verônica Hipólito conquistou a medalha de bronze na prova dos 100m rasos da classe T36. Este foi o terceiro pódio da paulista nas Paralimpíadas, que levou uma prata e outro bronze na edição do Rio-2016. Além de ser atleta, Verônica é fundadora do Time Naurú, clube que finalizou com 15 medalhas na capital francesa.

“Hoje são mais de 500 atendidos e nove polos, dois recém-inaugurados. Quando a gente fala das Paralimpíadas (de Paris), 17% das medalhas da delegação brasileira, com apenas duas modalidades (atletismo e natação), vem do Time Naurú. A gente tá crescendo, tá preparado para voar, ou melhor, já está voando”, completou.

Raissa Machado satisfeita com o fechamento do ciclo

Embaixadora do torneio assim como Verônica Hipólito, Raissa Machado exaltou a importância de servir de inspiração para as novas gerações. “Eu não tive isso quando era criança. Participar (da Liga Nescau) está sendo incrível, eu falo que antes eu não tinha uma inspiração, não tinha uma pessoa no esporte para me inspirar, e hoje tem as crianças que podem se espelhar no olímpico, mas no esporte paralímpico também”, explicou.

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Além do evento, Raissa também contou sobre o encerramento do ciclo de Paris-2024 com a prata no lançamento do dardo F56, “Foi um sentimento de realização de um ciclo, fechar com chave de ouro. Foi a medalha de prata? Foi, mas pra mim foi a de ouro porque foi um ciclo muito corrido e muito curto para nós atletas. Não curti muito a minha marca (de 23,51m), poderia ser melhor, no Mundial eu tinha feito 24,22m e infelizmente não consegui chegar no meu melhor”, analisou a baiana.

“Mas tá tudo bem, a gente tem que entender também que ali é 50% ganha, 50% perde. Não perdi, fiquei no pódio para trazer mais uma medalha para o Brasil. Acho que meu dever foi cumprido, mas se Deus quiser Los Angeles (edição de 2028) vem a de ouro”, completou.

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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