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Paris 2024

Mariana D’Andrea e a promessa do ouro após a morte do pai

Conquista do bicampeonato paralímpico fez Mariana D’Andrea desabar em lágrimas e cumprir promessa após a morte do pai

Mariana D'Andrea no topo do pódio nos Jogos Paralímpicos de Paris - Foto: Ana Patrícia/CPB
Mariana D'Andrea no topo do pódio nos Jogos Paralímpicos de Paris - Foto: Ana Patrícia/CPB

PARIS – Mariana D’Andrea chegou na França com um objetivo: defender sua medalha de ouro. Para alcançá-lo, precisou de uma atuação digna de campeã na épica disputa com a uzbeque Ruza Kuzieva. A brasileira precisava cumprir uma promessa que fez para si mesma – e assim aconteceu com direito a três quebras de recorde paralímpico em suas três tentativas.

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Em 2023, logo após conquistar o título no Mundial, o mundo de Mariana caiu com o falecimento de seu pai. Carmine D’Andrea era o maior incentivador da filha, o primeiro a receber uma ligação após as competições. Dessa vez não teve como ligar, mas a promessa, revelada em entrevista logo após o pódio, foi cumprida. E as muitas lágrimas da campeã deixam evidente o quanto ela precisava disso.

“Eu precisava trazer essa medalha a qualquer custo. Meu pai veio a falecer e não foi nada fácil. Tudo que eu passei, foi um momento bem difícil. Eu prometi pra mim mesma que independente do que acontecesse, eu ia trazer esse ouro pro Brasil, pra nossa casa, pra mim e principalmente pro meu pai”, disse Mariana muito emocionada.

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“Ele era o meu maior incentivador da minha vida. Estava o tempo todo me ligando pra saber como eu estava, se eu estava bem. Ele comemorava a primeira ligação quando eu saia da competição, tinha que ser dele, porque ele era o meu maior fã. E daí depois que eu perdi ele foi muito difícil, não tinha mais a ligação para dele, mas eu sabia que ele ia estar comigo no coração o tempo todo”, completou a bicampeã paralímpica.

MARIANA D’ANDREA: FOCO DURANTE E O CHORO APÓS

Durante a prova, o foco de Mariana era indiscutível. Era até difícil ver a sorridente brasileira dar um sorriso, mesmo quebrando recordes paralímpicos em todas as suas três tentativas. Quando confirmou o ouro, a seriedade deu lugar ao choro, que a acompanhou no pódio e também nas entrevistas.

“Eu precisava trazer, mesmo que ele não esteja aqui, eu sei que lá no céu ele está me vendo, e eu precisava trazer essa medalha pra ele depois da perda dele. Hoje ele esteva o tempo todo. Desde a competição. O tempo todo ele está comigo. Eu lembro dele e penso, né, o tempo todo.”

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