PARIS – Mariana D’Andrea fez história nos Jogos Paralímpicos de Paris. Defendendo seu título no halterofilismo conquistado em Tóquio, ela travou uma disputa épica pelo bi e, após o recorde paralímpico ser quebrado cinco vezes em menos de uma hora, confirmou seu favoritismo na categoria até 73 kg, conquistando o lugar mais alto no pódio.
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A brasileira chegou na Arena La Chapelle com a devida pompa de atual campeã das Paralimpíadas. Grande nome da competição, foi a última atleta em cada uma das tentativas. E se a expectativa era alta, nada melhor do que quebrar o recorde paralímpico, levantando 141 kg, logo de cara. Recorde esse que duraria apenas alguns minutos e seria o começo de uma disputa épica.
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Se Mariana já era o nome a ser batido, a barra para as competidores logo se tornou ainda mais alta com essa primeira marca. A única rival que parecia capaz de atrapalhar o caminho do Brasil para mais um ouro era Ruza Kuzieva, do Uzbequistão, medalhista prata nos Jogos de Tóquio. Em sua tentativa inicial, a uzbeque levantou 135 kg, e apontou 142 kg como sua marca para a próxima, já estabelecendo um novo recorde paralímpico e passando a brasileira, que teve a chance de responder logo na sequência.
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E ela respondeu. Em menos de meia hora, foi a terceira vez que o recorde paralímpico foi quebrado, agora estabelecido em 143 kg. Em uma disputa de tirar o fôlego pela medalha de ouro, ambas tinham ainda sua última tentativa. Enquanto as duas travavam um duelo particular, quase que em uma disputa paralela, o resto das finalistas lutava para quebrar a marca de 120kg, o que já poderia garantir um bronze.
Kuzieva, que vinha logo antes da atual campeã, decidiu tentar 147 kg, o que quebraria o recorde dos Jogos de novo e a recolocaria na liderança. Mariana, por sua vez, apontou que iria para 148kg, mantendo a “trocação franca” entre ambas.
Chegou a hora dos dois últimos levantamentos, e a atleta do Uzbequistão levou o ginásio ao delírio quando executou com sucesso a tentativa dos 147 kg, sentindo o gostinho do ouro. Mas durou pouco, pois havia uma Mariana no caminho. A brasileira seguiu o ritmo de todo o começo de tarde em Paris, fez 148 kg para conquistar o ouro. Na sequência, ainda pediu o “Power Lift”, disponível para as três primeiras colocadas, tentando estabelecer o novo recorde mundial em 152 kg, mas não conseguiu.
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CICLO DOS SONHOS NO HALTEROFILISMO
Se o último ciclo de Mariana terminou em Tóquio com a medalha de ouro, a expectativa para o atual era grande – e foi devidamente correspondida.
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Mariana foi ouro na Copa do Mundo de 2022, ouro no Mundial de 2023, campeã de novo da Copa do Mundo dois meses antes dos Jogos de Paris. E agora, o bicampeonato com direito a novo recorde paralímpico.
AS OUTRAS FINAIS BRASILEIRAS NO HALTEROFILISMO
O sábado também foi de decisão para outros dois halterofilistas brasileiros nos Jogos Paralímpicos. Primeiro, logo na sequência do ouro de Mariana, Evanio da Silva levantou 187 kg em sua melhor tentativa válida e terminou em 8º na disputa da decisão até 88 kg.
Depois, abrindo a segunda janela de finais do dia, Caroline Fernandes Alves, da categoria até 79 kg, fechou com sua melhor marca em 128 kg levantados e fechou a decisão em 7º lugar.