Paris – A bocha até a edição de Tóquio-2020 era disputada sem divisão de gênero, com homens e mulheres juntos nas mesmas categorias. Porém, a partir de 2022, as disputas foram divididas, aumentando o número de participantes nos torneios, de modo que a edição da Paralimpíada de Paris-2024 marca a primeira vez que as disputas são separadas. O destaque do Brasil, inclusive, é uma mulher: Andreza Vitória foi campeã mundial em 2022 e é uma das candidatas a chegar no pódio em Paris.
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A separação das disputas femininas das masculinas foi aprovada pela delegação verde e amarelo. Primeira brasileira em quadra, Laissa Teixeira acredita que a mudança é positiva. “Gostei muito e me sinto muito honrada por ter sido a primeira mulher do Brasil na bocha. Eu gostei da divisão, porque até promove a questãoda igualdade dentro de quadra. A questão da ‘física’ da figura masculina também. Cada um tem sua peculiaridade. E ter essa divisão de classes é bem benéfico e é necessário também”, contou a jovem de 19 anos.
Campeão paralímpico apoia
Para o campeão paralímpico de Londres-2012, Maciel Santos, a divisão foi benéfica para todos, com aumento de número de jogadores, mas principalmente, por mais mulheres entrarem no cenário mundial da bocha. “A gente sempre teve mulheres muito boas na minha classe, a BC2, e que sempre estiveram no meio dos homens. Então a separação foi boa, as mulheres tiveram um crescimento gigantesco em todos os segmentos”, explicou o atleta. Na edição japonesa da Paralimpíada, todos os medalhistas individuais foram homens. Evani Calado e Evelyn Oliveira são as únicas medalhistas paralímpicas do Brasil, conquistaram o ouro nos pares BC3 na Rio-2016.
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Outro estreante em Jogos Paralímpicos foi Iuri Silva, que também aprovou a separação de homens e mulheres. “Eu acredito que veio somar, um ponto positivo é a quantidade de atletas que aumentou, então isso é ótimo, não só no masculino como no feminino. Isso dá oportunidade a todo mundo, né?”, opinou o atleta.