Bocha nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024
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Chances do Brasil
A bocha é a quarta modalidade mais vencedora do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos, com 11 medalhas – seis ouros, uma prata e quatro bronzes.
Quem mais contribuiu para essa história vencedora foi Dirceu Pinto, o maior medalhista em todos os tempos na bocha, que faturou quatro ouros e uma prata em três edições de Jogos Paralímpicos que ele participou: Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016. Maior craque da modalidade no Brasil, Dirceu faleceu em abril de 2020 com 40 anos de idade vítima de um problema no coração.
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Nos Jogos do Rio 2016, o Brasil encerrou a participação com duas medalhas: um ouro nos pares BC3, com Antonio Leme, Evelyn de Oliveira e Evani Soares, e uma prata nos pares BC4, com Eliseu dos
Santos, Dirceu Pinto e Marcelo dos Santos.
Já nos Jogos de Tóquio 2020, o país conquistou dois bronzes no individual, com José Carlos
Chagas (classe BC1) e Maciel Santos (BC2).
Quadro de medalhas da bocha nos Jogos Paralímpicos
Clas | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
---|---|---|---|---|---|
1 | Coreia do Sul (COR) | 10 | 6 | 7 | 23 |
2 | Portugal (POR) | 8 | 10 | 9 | 27 |
3 | Tailândia (TAI) | 6 | 2 | 4 | 12 |
4 | Brasil (BRA) | 6 | 1 | 4 | 11 |
5 | Espanha (ESP) | 5 | 7 | 7 | 19 |
6 | Grã-Bretanha (GBR) | 5 | 5 | 3 | 13 |
7 | Hong Kong (HKG) | 4 | 2 | 1 | 7 |
8 | Irlanda (IRL) | 3 | 1 | 2 | 6 |
9 | Eslováquia (ESQ) | 3 | 1 | 0 | 4 |
10 | Estados Unidos (EUA) | 2 | 2 | 3 | 7 |
11 | Grécia (GRE) | 1 | 3 | 3 | 7 |
12 | Dinamarca (DIN) | 1 | 3 | 2 | 6 |
13 | Japão (JAP) | 1 | 3 | 1 | 5 |
14 | Canadá (CAN) | 1 | 2 | 5 | 8 |
15 | República Tcheca (TCH) | 1 | 1 | 1 | 3 |
16 | China (CHN) | 0 | 4 | 1 | 5 |
17 | Noruega (NOR) | 0 | 1 | 1 | 2 |
18 | Malásia (MAS) | 0 | 1 | 0 | 1 |
Holanda (HOL) | 0 | 1 | 0 | 1 | |
Nova Zelândia (NZL) | 0 | 1 | 0 | 1 | |
21 | Austrália (AUS) | 0 | 0 | 2 | 2 |
Bélgica (BEL) | 0 | 0 | 2 | 2 | |
23 | Hungria (HUN) | 0 | 0 | 1 | 1 |
Comitê Paralímpico Russo (CPR) | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Totais | 57 | 57 | 60 | 174 |
O que é a bocha paralímpica?
Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, a bocha paralímpica só apareceu no Brasil na década de 1970. A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as mãos, os pés
e instrumentos de auxílio (calhas), e contar com ajudantes (calheiros), no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros.
A modalidade teve um antecessor nos Jogos Paralímpicos: o lawn bowls, uma espécie de bocha jogada na grama. E foi justamente no lawn bowls que o Brasil conquistou sua primeira medalha na história
dos Jogos Paralímpicos: Robson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos “Curtinho” foram prata nos Jogos de Toronto, no Canadá, em 1976.
CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA
Todos os atletas da bocha competem em cadeira de rodas. Na classificação funcional, eles são divididos em quatro classes, de acordo com o grau da deficiência e da necessidade de auxílio ou não. No caso
dos atletas com maior grau de comprometimento, é permitido o uso de uma calha para dar mais propulsão à bola.
Os tetraplégicos, por exemplo, que não conseguem movimentar os braços ou as pernas, usam uma faixa ou capacete na cabeça com uma agulha na ponta. O calheiro posiciona a canaleta à sua frente para que
ele empurre a bola pelo instrumento com a cabeça. Em alguns casos, o calheiro acaba sendo a mãe ou o pai do atleta.
BC1 – Opção de auxílio de ajudantes (podem estabilizar ou ajustar a
cadeira do jogador e entregar a bola, quando pedido).
BC2 – Não podem receber assistência.
BC3 – Deficiências muito severas. Usam instrumento auxiliar, podendo
ser ajudados por outra pessoa.
BC4 – Outras deficiências severas, mas que não recebem assistência