Guia do goalball na Paralimpíada: tabela, chances e história

O Brasil é um dos grandes favoritos à medalha de ouro do goalball masculino nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 (Miriam Jeske/CPB)

Goalball nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024

• Egonu cresce e Praia Clube encerra Mundial sem medalha
• Osasco se recupera de susto e vira vice-líder da Superliga
• Larissa Silva marca seis vezes e Gran Canaria vence no Espanhol
• Com atropelo após intervalo, União Corinthians vence Corinthians
• Sesi Franca derrota Vasco e segue na briga pelo G4 do NBB

+SIGA O CANAL DO OTD NO WHATSAPP

Chances do Brasil

Atual campeão paralímpico e tricampeão mundial, o Brasil está entre aos favoritos ao pódio do goalball masculino. O país conquistou medalha nas três umas edições. Em Londres-2012 foi prata, na Rio-2016 foi bronze e em Tóquio-2020 foi ouro. China e Ucrânia devem ser os principais adversários dos brasileiros na luta pelo título.

+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK

No feminino, o Brasil não tem a mesma tradição do que o masculino. O melhor resultado até hoje foi a medalha de bronze no Mundial de 2018. Atual campeã mundial e paralímpica, a Turquia aparece como a grande favorita. Israel, Coreia do Sul, Canadá e Japão devem brigar pelas outras medalhas com a seleção brasileira correndo por fora.

Medalhistas do goalball nos Jogos Paralímpicos

MASCULINO	Ouro	Prata	Bronze
Toronto 1976	Áustria	Alemanha Ocidental	Dinamarca
Arnhem 1980	Alemanha Ocidental	Estados Unidos	Holanda
Nova York 1984	Estados Unidos	Egito	Iugoslávia
Seul 1988	Iugoslávia	Estados Unidos	Egito
Barcelona 1992	Itália	Finlândia	Egito
Atlanta 1996	Finlândia	Canadá	Espanha
Sidney 2000	Dinamarca	Lituânia	Suécia
Atenas 2004	Dinamarca	Suécia	Estados Unidos
Pequim 2008	China	Lituânia	Suécia
Londres 2012	Finlândia	Brasil	Turquia
Rio 2016	Lituânia	Estados Unidos	Brasil
Tóquio 2020	Brasil	China	Lituânia

FEMININO	Ouro	Prata	Bronze
Nova York 1984	Estados Unidos	Canadá	Dinamarca
Seul 1988	Dinamarca	Estados Unidos	Canadá
Barcelona 1992	Finlândia	Dinamarca	Canadá
Atlanta 1996	Alemanha	Finlândia	Estados Unidos
Sidney 2000	Canadá	Espanha	Suécia
Atenas 2004	Canadá	Estados Unidos	Japão
Pequim 2008	Estados Unidos	China	Dinamarca
Londres 2012	Japão	China	Suécia
Rio 2016	Turquia	China	Estados Unidos
Tóquio 2020	Turquia	Estados Unidos	Japão

Quadro de medalhas do goalball nos Jogos Paralímpicos

Clas	País	Ouro	Prata	Bronze	Total
1	Estados Unidos	3	6	3	12
2	Finlândia	3	2	0	5
3	Dinamarca	3	1	3	7
4	Canadá	2	2	2	6
5	Alemanha	2	1	0	3
6	Turquia	2	0	1	3
7	China	1	4	0	5
8	Lituânia	1	2	1	4
9	Brasil	1	1	1	3
10	Japão	1	0	2	3
11	Iugoslávia	1	0	1	2
12	Áustria	1	0	0	1
	Itália	1	0	0	1
14	Suécia	0	1	3	4
15	Egito	0	1	2	3
16	Espanha	0	1	1	2
17	Holanda	0	0	1	1
Totais		22	22	21	65

O que é goalball?

Ao contrário de outras modalidades paralímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com três minutos de intervalo. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas.

De cada lado da quadra, há um gol com 9m de largura e 1,30m de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores.O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O objetivo é balançar a rede adversária.

A bola tem um guizo em seu interior para que os jogadores saibam sua direção. O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso, não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas oficiais. A bola tem 76cm de diâmetro e pesa 1,25kg.

A primeira participação do Brasil na modalidade em Jogos Paralímpicos aconteceu em Atenas 2004, com o time feminino. De lá para cá, o país subiu ao pódio três vezes, sempre com a equipe masculina – foi prata em Londres 2012, bronze no Rio 2016 e ouro em Tóquio 2020.

CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA

Nesta modalidade, os atletas com deficiência visual das classes B1, B2 e B3, competem juntos. Todas as classificações são realizadas por meio da mensuração do melhor olho e da possibilidade máxima de correção do problema.

Todos os atletas, independentemente do nível de perda visual, utilizam uma venda durante as competições para que todos possam competir em condições de igualdade.

B1 – Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância
B2 – Atletas com percepção de vultos
B3 – Atletas que conseguem definir imagens