O Meeting Paralímpico, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), chegou ao seu segundo dia nesta sexta-feira (21). O evento contou com as disputas de atletismo, natação e halterofilismo e tiro esportivo. O destaque do dia ficou com Luiz Nelson, que venceu a prova de tiro esportivo com uma carabina emprestada.
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Sargento do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, Luiz Nelson Nunes Azevedo, foi um dos medalhistas de ouro nesta sexta-feira. Na última semana, dia 13 de junho, sua casa, em Campo Grande (MS), foi invadida e suas três armas foram roubadas. Assim, para competir no Meeting de São Paulo, o atirador teve que pegar uma carabina emprestada com a técnica Vânia Cibele Cunha Lasthaus. Ele terminou a competição com 580,3 pontos na prova R3.
“É bastante complicado participar de uma disputa sem a sua arma, mas agradeço à Vaninha pela ajuda. No final das contas, fiquei muito satisfeito por ter competido no Meeting. Esqueci um pouco o ocorrido e vi alguns amigos”, disse o sargento, que teve parte da perna esquerda amputada após ser picado por uma cobra, há 22 anos, em uma fazenda no Mato Grosso do Sul.
Destaque no atletismo
No campo de atletismo do CT Paralímpico, o campeão mundial André Rocha, da classe F52 (cadeirantes), disputou a prova de lançamento de disco nesta sexta-feira. Fez 19,21m – abaixo dos 20,72m que lhe deram o ouro em Kobe, Japão, no mês passado. “Essa foi a minha primeira competição após ser campeão do mundo. Um título pelo qual esperei sete anos. Não subia ao lugar mais alto do pódio desde 2017. Além disso, a conquista me deu uma animada para a reta final de preparação, pensando nos Jogos Paralímpicos de Paris. Estou feliz por estar aqui no Meeting e é importante manter o ritmo”, analisou o atleta.
Giro no halterofilismo
No halterofilismo, Karina Tamara Correa melhorou em 20kg seu melhor resultado. A atleta havia levantado 40kg em sua primeira competição oficial, no Meeting do RJ Agora, em São Paulo, suportou 60kg e garantiu o ouro na categoria até 79kg. Ela começou a treinar halterofilismo há seis meses, por meio do projeto Reabilitar, realizado pelo CPB em parceria com instituições de reabilitação de pessoas com deficiência. Antes, era atleta da natação.
“Conheci o halterofilismo fazendo academia no CT e vim experimentar por curiosidade. Tinha um pouco de receio, achava que era algo mais masculino. Mas vi que não era isso. Comecei a pegar gosto, estou amando e decidi que vou me dedicar só nesta modalidade”, afirmou Karina.
Romilson Souza também faz parte do programa Reabilitar e conseguiu melhorar sua marca. Ele conseguiu a medalha de ouro da categoria até 54kg com um levantamento de 133kg. Antes, sua melhor marca era de 128kg, suportados na Primeira Fase Nacional do Circuito de halterofilismo.
“Estou feliz com minha trajetória até aqui. Minha meta é chegar um dia à Seleção Brasileira e estou treinando muito para alcançar isso. Queria validar 136kg hoje, mas acabei errando meu primeiro movimento e mudei minha estratégia. O que consegui neste Meeting foi bom, mas espero melhorar para disputar um dia os Jogos Paralímpicos. Vou continuar subindo um degrau de cada vez”, afirmou Romilson.
Outro destaque da modalidade foi Laira Guimarães, que busca retornar à Seleção Brasileira após receber suas primeiras convocações em 2023. A halterofilista, que competiu na categoria até 73kg no Mundial de Dubai-2023, estreou na categoria até 67kg no Meeting de São Paulo e conquistou a medalha de ouro ao suportar 103kg. Karina, Romilson e Laira estarão novamente no CT Paralímpico entre 29 e 30 de julho para disputar a Segunda Fase Nacional do Circuito de halterofilismo
Meeting Paralímpico em 2024
Ao fim do evento, 980 atletas de seis modalidades terão participado da etapa paulista do Meeting – a última das 27 deste ano. Além disso, após o término da etapa paulista do o evento terá passado pelas 27 unidades federativas brasileiras, com 6.415 atletas inscritos em disputas de alto rendimento e Seletivas Estaduais de competições organizadas pela Diretoria de Desenvolvimento Esportivo (DDE).
O Meeting Paralímpico tem o objetivo de desenvolver o paradesporto em todo o território nacional, com a participação de novos talentos e atletas de elite. É idealizado e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2021, como uma atualização dos tradicionais Circuitos Loterias Caixa, que já eram realizados desde 2005. Além disso, entre 2021 e 2023, reunia provas de atletismo, natação e halterofilismo, sendo que cada cidade sediava disputas de, pelo menos, uma dessas modalidades.
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Por fim. Ademais