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Do bullying às medalhas: a trajetória de Alana Maldonado

Alana Maldonado conta que sofreu na escola após descobrir sua deficiência visual e relembra a trajetória até se tornar campeã paralímpica

alana maldonado com a medalha de ouro de tóquio-2020
Alana Maldonado com a medalha de ouro dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 (Pedro Ramos/rededoesporte.gov.br)

Do sonho de infância de ser jogadora de futebol às medalhas paralímpicas no judô, Alana Maldonado passou por muita coisa. Depois de descobrir sua deficiência, que foi aos poucos lhe tirando a visão, a atleta sofreu com bullying na escola e com descrédito de professores. Mas ela não desistiu, seguiu em frente, se formou em educação física e se tornou atleta profissional, bicampeã mundial, ouro em Tóquio-2020 e prata na Rio-2016.

Futsal: a primeira paixão

Em entrevista ao Sem Limites, a judoca Alana Maldonado relembrou toda a sua trajetória no esporte. Ela revelou que, antes de descobrir sua deficiência visual, queria ser jogadora de futebol e chegou a jogar no Kindermann, de Santa Cataria.

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“Eu sempre gostei de todos os esportes, sempre pratiquei todos até onde a minha visão me permitiu. Além do judô, eu sempre gostei muito de futsal, era minha paixão. Tanto que meu primeiro sonho de ser atleta profissional era com o futebol, como atleta do futsal. Eu tinha habilidade para os dois lados e acabei me destacando desde pequena. Morei um ano e meio com meu pai na cidade de Caçador para jogar no Kindermann”, conta Alana Maldonado.

Uma grave lesão, entretanto, fez ela desistir e voltar para o judô, que era a modalidade que praticava desde a infância. “Eu acabei quebrando a tíbia e a fíbula, diz uma cirurgia grande e aí não quis mais continuar com isso”, conta a atual judoca, que também já foi goleira de handebol na infância.

Descoberta da deficiência

Veio então a descoberta da deficiência que foi lhe tirando a visão. Alana Maldonado sofreu muito nessa época com bullying na escola e com professores que não acreditavam na deficiência dela. “Eu perdi um pouco o gosto de estudar”, revela.

Mas ela teve forças para entrar na faculdade de educação física e, pouco depois, foi levada a conhecer o esporte paralímpico. Com a intenção de manter vivo o sonho de ser atleta, experimentou a natação e o atletismo, mas foi uma negação. Meses depois, no entanto, veio a notícia de que a deficiência dela se enquadrava no judô paralímpico. Em 2014, ela disputou o seu primeiro Campeonato Brasileiro e já foi campeã. “O campeonato foi em novembro e em janeiro (de 2015) já fui convocada para a seleção”. Um ano e meio depois, ela disputou os Jogos Paralímpicos Rio-2016 para conquistar a medalha de prata.

De lá para cá, ela já foi duas vezes campeã mundial (2018 e 2022) e faturou a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020. Agora, ela se prepara para disputar Paris-2024 e buscar mais uma medalha para sua coleção.

Assista à entrevista completa

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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