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Brasil bate recorde de medalhas em Mundiais de atletismo

Com mais cinco medalhas conquistadas no sexto dia de disputas em Kobe, o Brasil estabeleceu a sua melhor marca em mundiais, com 17 ouros

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Ariosvaldo Fernandes no Mundial de Atletismo de Kobe 2024, no Kobe Sports Park. Foto: Takuma Matsushita/CPB.

O Brasil amanheceu, nesta quarta-feira (22), com um resultado histórico no Mundial de atletismo paralímpico! O país finalizou o sexto dia de competições em Kobe com mais cinco pódios (três ouro e duas pratas), e bateu o próprio recorde de medalhas em mundiais (17 ouros). Os destaques desta manhã foram Wanna Brito, com o ouro no arremesso de peso F32, e as pratas de Ariosvaldo Fernandes (100m T53) e Antonia Keyla Barros (1500m T20).

Com as conquistas, o Brasil agora chega a trinta medalhas no total, sendo 17 ouros, 8 pratas e 5 bronzes. A melhor marca anterior havia sido em 2013, no mundial de Lyon, com 16 ouros. Em Kobe, a China permanece na liderança do quadro de medalhas, com 18 douradas, 16 pratas e 18 bronzes.

Ouros históricos

Ainda na noite de ontem (21), o Brasil começou o sexto dia de disputas do mundial de atletismo paralímpico com dois ouros. As vitórias da paraense Fernanda Yara na final dos 400m T47 (para amputados de braço) e do maranhense Bartolomeu Chaves nos 400m T37 (paralisados cerebrais) igualaram a melhor marca do país, com 16 pódios dourados, o mesmo feito na edição de 11 anos atrás.

Mais tarde, foi a vez da amapaense Wanna Brito fazer história ao vencer a prova de arremesso de peso F32 (paralisados cerebrais), estabelecendo o novo recorde do país em mundiais. Para ganhar a final, ela marcou 7,74m no seu terceiro arremesso bateu a melhor marca da categoria em na competição. Este é o segundo ouro da amapaense em Kobe. Antes, havia sido campeã mundial no lançamento de club F32.

Em segundo lugar veio a russa Evgeniia Galaktionova, com 6,97m. A turca Maroua Ibrahmi completou o pódio com 5,93m. Outra brasileira esteve na disputa, mas sem medalhas. Giovanna Boscolo arremeçou 5,44m e ficou na quinta posição.

“Dever cumprido, mas quero muito mais. Quero muito esse pódio nos Jogos de Paris, por isso, vou trabalhar muito para que isso aconteça. A primeira medalha eu ganhei para minha mãe, agora essa vai para o meu pai. O trabalho psicológico que fiz me ajudou muito, tem sido essencial tanto quanto a musculação ou a técnica. Tenho trabalhado muito isso”, afirmou Wanna Brito.

Mais duas pratas!

A primeira prata do dia veio com o paraibano Ariosvaldo Fernandes, nos rasos 100m T53 (que competem em cadeira de rodas). Por lá, ele marcou o tempo de 15s05, cerca de dois décimos de segundo atrás de Abdulrahman Al-Qurashi, da Arábia Saudita. “Fiquei satisfeito com a prova. Tínhamos a meta de ao menos conseguir repetir a medalha que havíamos conquistado em Paris 2023. Novamente, sou vice-campeão mundial. Foi importante para definir os ajustes finais até os Jogos Paralímpicos”, disse Ariosvaldo Fernandes.

Em seguida, foi a vez da piauiense Antônia Keyla subir no pódio em Kobe. A brasileira completou a prova dos 1500m T20 em 4min31s81, e ficou na segunda colocação. Mas vele ressaltar que a medalhista de ouro, a polonesa Barbara Bieganowska-Zajac, é a atual recordista mundial e do torneio.

“Veio outra prata, eu queria o ouro. Agora o ouro está entalado. Mas fico feliz em ter contribuído novamente com o Brasil no quadro de medalhas. Estou feliz por estar correndo de volta. Foram seis meses lutando contra lesões, é bem difícil o retorno, principalmente, mentalmente. Espero treinar mais e conseguir o primeiro lugar em Paris”, apontou Antônia Keyla.    

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Paulista de 25 anos. Graduando em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais. Apaixonado por esportes.

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