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Brasil se aproxima de marca histórica no mundial de atletismo

Com catorze ouros conquistados em Kobe, o Brasil se aproxima da melhor marca da história em mundiais de atlestismo – 16 em Lyon 2013

Mundial de Atletismo, Paralímpico, Jerusa Geber, Lorena Spoladore
Foto: Takuma Matsushita/CPB

O Brasil está perto de fazer história no mundial de atletismo paralímpico de Kobe. Isso porque o país finalizou o quinto dia de disputas no Japão com mais cinco medalhas, chegando a 14 ouros – apenas dois a menos do que na melhor campanha da história, em Lyon 2013. Os destaques desta terça-feira (21) estão inteiramente nas atletas femininas, que foram as únicas que subiram nos pódios.

Com as cinco medalhas de hoje, os brasileiros continuam na disputa da liderança do quadro geral de medalhas com os chineses. Além dos catorze pódios dourados, a Seleção Brasileira chegou a seis pratas e cinco bronzes. Enquanto isso, os asiáticos somam 15 ouros, 13 pratas e 13 bronzes.

Mias duas douradas em Kobe

A baiana Raissa Machado no lançamento de dardo F56 (que competem sentados) foi a primeira atleta a conquistar o ouro, ainda na noite de segunda-feira. Mais tarde, foi a vez da acreana Jerusa Geber subir no lugar mais alto do pódio nos 100m rasos T11. A conquista também marcou o tricampeonato de Jerusa, que nasceu cega, em Rio Branco (AC). A medalha veio com muita emoção e a ultrapassagem da brasileira sobre a adversária chinesa Cuiqing Liu aconteceu nos últimos cinco metros da prova. Assim, terminou a prova em 11s93, à frente da asiática, que fez 12s00.

Com a vitória, a velocista acreana chegou à sua 10ª medalha em Mundiais de atletismo, sendo a maior medalhista da delegação brasileira em Kobe. Até agora, são cinco ouros e cinco pratas. Além de Jerusa Geber, a paranaense Lorena Spoladore chegou em terceiro na mesma categoria com o tempo de 12s26 e levou o bronze.

“Os 100 metros é a prova mais emocionante que tem na competição. É a mais rápida do mundo. A minha largada não foi das melhores, mas durante a corrida a gente conseguiu recuperar. Minha mãe e meu esposo estão na arquibancada. Isso me motivou ainda mais. É a minha décima medalha em Mundiais e meu tricampeonato. Mais uma medalha para a nossa coleção, acho que não tenho palavras para explicar a emoção. Obrigada pela torcida de todos”, comemorou Jerusa, que ainda vai correr os 200m T11 às 21h56 (de Brasília) desta quarta-feira (22).

Teve mais um pódio duplo

A capixaba Lorraine Aguiar e a rondoniense Ketyla Teodoro fizeram a outra dobradinha brasileira nos pódios nos 400m T12 (deficiência visual). Lorraine marcou o tempo de 58s26 e ficou com a prata, equanto Ketyla fez 1min00s21 e levou o bronze. Além disso, vale destacar que esta foi a primeira medalha conquistada por Lorraine Aguiar em um mundial de atletismo.

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Paulista de 25 anos. Graduando em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais. Apaixonado por esportes.

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