É tri! O Brasil amanheceu neste domingo (19) com mais um ótimo resultado no mundial de atletismo paralímpico de Kobe, no Japão. A potiguar Thalita Simplício conquistou o tricampeonato mundial nos 400m rasos T11 (deficiência visual), e alcançou a sua sétima medalha em mundiais de atletismo. O dia também foi marcado pelo ouro do lançador paulista André Rocha no lançamento de disco F52 (que competem sentados) após sete anos do seu primeiro título mundial.
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Com mais estas conquistas, o Brasil continuou na briga pela liderança do quadro geral de medalhas da competição. Assim, o país terminou o dia no Japão somando 14 pódios, sendo oito ouros, quatro pratas e dois bronzes, na segunda colocação. A líder China tem dois ouros a mais do que os brasileiros, além de oito pratas e oito bronzes.
Tricampeã!
Thalita Simplício costuma travar boas disputas com a chinesa Cuiqing Liu, que é a atual recordista mundial da prova. Isso acontece desde os Jogos de Tóquio 2020, quando Thalita acabou sendo desclassificada ao cruzar a linha de chegada. Em Kobe, a velocista de Natal superou a pista molhada por causa da chuva na cidade japonesa e finalizou a distância em primeiro lugar, com 57s45, seu melhor tempo na temporada, mesmo sofrendo uma queda ao cruzar a linha de chegada.
“Na chegada, travei muito no final. Ainda bem que caí depois da linha de chegada. Doeu muito esses 400m. Sabíamos que as adversárias queriam me superar. Mas conseguimos fazer uma boa prova no geral”, avaliou Thalita Simplício.
Foi seu terceiro título mundial após as vitórias em Paris 2023 e Dubai 2019 e chegou ao seu sétimo pódio em Mundiais no total, sendo três ouros, uma prata e três bronzes. A rival asiática chegou na segunda colocação, com 58s32, e Lahja Ishitile, da Namíbia, completou o pódio com 58s37.
“Passou um filme na cabeça, estava chovendo aqui no Japão, igual ao cenário que competimos nos Jogos de Tóquio. No começo da prova, estava toda hora tentando esconder a guia para não molhar, pois foi isso que nos prejudicou na prova daquela vez, quando a guia escorregou da nossa mão”, recordou.
Mais uma dourada para o Brasil
O lançador paulista André Rocha também era um dos favoritos do lançamento de disco pela classe F52 e confirmou o seu status. Tornou-se bicampeão mundial com a marca de 20,72m após sete anos do seu primeiro título na mesma prova em Londres 2017. Naquela ocasião, o atleta, que é tetraplégico, fez 23,80m e decretou a marca mundial até os dias de hoje.
“É uma sensação única, pois a gente passa por muitas coisas. Fui campeão em Londres 2017, mas fiquei fora do esporte por um tempo depois daquele feito. Voltei no ano passado, com o bronze em Paris 2023. E agora, com um ano muito bom para mim, conquistei o bicampeonato. Estou vivendo um momento muito bom. É a minha volta por cima”, afirmou André Rocha.
Outros atletas em Kobe
Outra brasileira envolvida em finais neste domingo, a potiguar Maria Clara Augusto, que chegou na quarta posição dos 100m T47 (amputados de braço), com 12s92. A vencedora da prova foi a equatoriana Kiara Rodriguez, com 12s27. Além disso, pela manhã no Japão (noite de sábado no Brasil), o velocista fluminense Felipe Gomes conquistou a medalha de bronze na prova dos 400m da classe T11. Ele finalizou a prova na terceira colocação com 52s65, a sua melhor marca do ano.
Ademais, Felipe entrou para a galeria dos maiores medalhistas do país em Mundiais de atletismo, agora com oito pódios em sua carreira. Foram dois ouros (nos 400m em Paris 2023 e 200m em Doha 2015), três pratas (nos 100m em Doha 2015, 100m em Lyon 2013 e 4x100m em Assen 2006), e três bronzes (somando aos 100m e 400m em Dubai 2019).
Medalhistas de ouro e prata nos 5.000m T11 (deficiência visual), respectivamente, o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques e o paulista Júlio Agripino avançaram à final dos 1.500m. O primeiro fez o tempo de 4min05s22, o melhor das classificatórias, enquanto o segundo finalizou em 4min07s28, a terceira marca entre os finalistas. Por fim, a prova final acontece às 21h20 (de Brasília) deste domingo (19).
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