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Petrúcio Ferreira é tetra no Mundial de atletismo paralímpico

O bicampeão paralímpico, Petrúcio Ferreira, marcou o tempo de 10s83 e conquistou o tetracampeonato mundial seguido nos 100m rasos T47

Petrúcio Ferreira, mundial de atletismo paralímpico
Petrúcio Ferreira faz o número quatro com a mão direita após vitória nos 100m em Kobe 2024 | Foto: Ale Cabral / CPB

É treta! O Brasil amanheceu nesta sexta-feira (17) com um resultado histórico no mundial de atletismo paralímpico de Kobe, no Japão. O bicampeão paralímpico, Petrúcio Ferreira, conquistou o tetracampeonato mundial nos 100m rasos T47, e manteve a hegemonia na prova mais rápida para atletas com deficiência nos membros superiores. Com o resultado, o Brasil fechou o primeiro dia de disputas no Japão na liderança no quadro de medalhas.

Petrúcio começou a sua trajetória no mundial se classificando à final com o melhor tempo das eliminatórias (10s82). Na decisão, anotou o tempo de 10s83 e superou o polonês Michal Derus, que fez 10s88.877. Apenas um milésimo atrás veio o chinês Wang Hao com o bronze. Assim, o brasileiro manteve a hegemonia na categoria, e conquistou o ouro pela quarta vez seguida, após os ouros em Londres 2017, Dubai 2019 e Paris 2023.

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Além disso, esse foi o sexto ouro do velocista na história da competição, com as vitórias nos 400m em Dubai 2019 e nos 200m em Londres 2017. Por fim, o outro brasileiro envolvido na final, o carioca Washington Nascimento Júnior completou a distância na sexta colocação, com 11s09.

“Conseguir entregar esse 100%, após todo o trabalho que a gente constrói antes de chegar nessas grandes competições, me deixa muito feliz. São 11 anos de carreira, e acabo ficando um pouco mais ansioso. Além disso, a classe T47 é uma das que mais cresceu no paradesporto e a prova mostrou isso. Ser o atleta mais rápido do mundo é ser inspiração e exemplo para outras pessoas e outros atletas”, afirmou Petrúcio Ferreira, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo.

Começo avassalador do Brasil

Com oito medalhas no total, o país encerrou o primeiro dia de provas no Japão em primeiro lugar do quadro geral de medalhas. A China finalizou a sua estreia na segunda colocação, com seis medalhas (dois ouros, duas pratas e dois bronzes), enquanto a Tunísia fechou o terceiro lugar com três medalhas (um ouro, uma prata e um bronze.

Os destaques desta manhã de sexta-feira (17), além de Petrúcio Ferreira, foram as medalhas no lançamento de club F32 (paralisados cerebrais). A medalhista de prata em Paris 2023, a amapaense Wanna Brito conquistou o ouro inédito na categoria com a marca de 26,66. Enquanto a paulista Giovanna Boscolo alançou os 24,35m e ficou com o bronze.

“Deu certo, conseguimos repetir o que a gente estava treinando. No meio da prova, comecei a sentir muito frio e precisei ficar batendo na perna para esquentar. Mas depois consegui me recuperar e fazer o lançamento do ouro. Sou muito grata a tudo. Trabalhei muito para que isso acontecesse. Estou muito emocionada”, completou Wanna Brito, que teve diagnosticada paralisia cerebral no momento do parto.

Paulista de 25 anos. Graduando em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais. Apaixonado por esportes.

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